A reivindicação de vigilância 24 horas nas agências não é
somente dos vigilantes, mas também passou a ser dos bancários gaúchos, que
aprovaram a proposta na plenária deliberativa da 18ª Conferência Estadual,
ocorrida no último domingo (5), na sede nova da Fetrafi-RS, em Porto Alegre. A
demanda será encaminhada à 18ª Conferência Nacional, a ser realizada no final
de julho, em São Paulo, para ser incluída na minuta da campanha salarial deste
ano, que será negociada com a Fenaban.
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"A volta da vigilância 24 horas nas agências bancários é uma
reivindicação dos trabalhadores da segurança privada, que deve ser apoiada
pelos bancários. Quando os bancos tinham vigilantes noturnos, há alguns anos
atrás, não tinha essa onda de ataques aos estabelecimentos”, afirma o diretor
do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e da Contraf-CUT e secretário de
Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr.
"Os banqueiros, ao cortarem milhares de vigilantes noturnos,
reduziram os seus custos, mas as agências ficaram mais vulneráveis e quase
todos os dias ocorrem explosões de caixas eletrônicos diante da fragilidade de
segurança das agências”, destaca Ademir, ex-coordenador do Coletivo Nacional de
Segurança Bancária. "Agência não é boutique”, lembra o dirigente sindical.
Leis municipais
A proposta também está sendo levada pelo Sindicato dos
Vigilantes do Sul aos vereadores de todo o Estado, visando a aprovação de leis
municipais para obrigar as agências de bancos públicos e privadas e das
cooperativas de crédito, como o Sicredi que atua como instituição financeira, a
contratar vigilância armada, diuturnamente, perfazendo as 24 horas do dia,
inclusive finais de semana e feriados.
Segundo o presidente do SindiVigilantes do Sul, Loreni Dias,
esse projeto nasceu em Pelotas, onde já foi aprovado pela Câmara Municipal e
depois sancionado. "A lei já está em vigor”, disse.
Em seguida também virou lei em Canguçu, Arroio Grande e
Pedro Osório. Já foi encaminhado pelo Sindicato para debate com os vereadores
de mais de 100 municípios. Na última sexta-feira (3) o projeto foi assunto de
audiência pública em Caxias do Sul, onde recebeu o apoio dos bancários.
"A inclusão da vigilância 24 horas na pauta de
reivindicações dos bancários vai reforçar a demanda dos vigilantes e estreitar
ainda mais os laços de parceria e solidariedade na luta entre as duas
categorias”, conclui Ademir. *CUT/RS
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