Ainda há o que conquistar
Não é de hoje que as entidades do movimento associativo e
sindical lutam por melhores condições de trabalho e, principalmente, pelo
cumprimento da jornada de seis horas diárias, conquistada em 1985, após uma
greve histórica que mobilizou todo o país. Ao longo dos anos, o registro
incorreto do ponto tem gerado a extrapolação da jornada, o trabalho gratuito e
outros tipos de fraudes que prejudicam os empregados.
Foi no início dos anos 90 que a mobilização das entidades se
intensificou para coibir os abusos. Foram necessárias paralisações, dias
nacionais de luta e até acionar órgãos de fiscalização. A pressão dos
trabalhadores e das representações forçou a empresa a implantar, em 2000, uma
primeira versão do Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon). Mas a medida não foi
suficiente para evitar que a jornada continuasse sendo burlada e os empregados
lesados pelo não pagamento das horas extras.
De 2006 a 2007, por força da crescente cobrança da
categoria, a Caixa efetivou a vinculação da marcação do ponto aos sistemas
utilizados no banco. Mesmo assim, os problemas continuaram, e as entidades
sindicais intensificaram a mobilização, seja nas mesas de negociação permanente
ou em campanhas salariais, pelo aperfeiçoamento do Sipon.
Entre outros pontos, o movimento dos empregados pressiona o
banco a adotar o login único para acesso aos aplicativos corporativos. Com esse
instrumento, que segue nas pautas de reivindicações, o empregado só pode logar
em uma máquina por vez e fica proibido de acessar os sistemas do banco após
registrar a saída no Sipon, diminuindo as chances de abusos. Â *Fenae com edição da Fetrafi-RS
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