"O mundo espera mais de vocês do que meias-medidas”, disse
Ban Ki-moon aos delegados, apelando aos países que aceitem, a cada cinco anos,
uma avaliação do seu envolvimento antes da entrada em vigor do futuro acordo.
"As decisões que tomarem aqui em Paris serão sentidas
durante séculos”, destacou.
Segundo o secretário-geral da ONU, "o objetivo atual é o
mínimo” e deve-se ter "a ambição de ir além”.
"É preciso assim que o acordo preveja ciclos de cinco anos,
antes de 2020, para que os Estados voltem a analisar os seus compromissos e os
reforcem em função dos dados científicos disponíveis”, defendeu.
O acordo deve "deixar claro ao setor privado que a
transformação que nos dotará de uma economia mundial com baixas emissões (de
gases de efeito estufa) é inevitável, benéfica e já está em curso”, adiantou.
"Os países desenvolvidos devem aceitar desempenhar um papel
vital e os países em desenvolvimento devem assumir uma parte crescente de
responsabilidade, de acordo com as suas capacidades”, afirmou.
"Fora das salas, onde nos reunimos em todo o mundo, exige-se
um acordo universal e forte. Temos a obrigação de ouvir essas vozes”,
acrescentou Ban Ki-moon.
A Conferência do Clima de Paris (COP21) aprovou no sábado
(5) um projeto de acordo para combater as alterações climáticas. O acordo deve
ser concluído esta semana pelos ministros dos cerca de 200 países, para ser
assinado em 11 de dezembro. *Agência Brasil
|