O Mês da Consciência Negra representa a luta e resistência
do povo negroque traz à tona o debate sobre racismo e o
acirramento da intolerância.Por mais de três séculos, o País explorou
aproximadamente quatro milhões de africanos que foram trazidos para exercer o
trabalho escravo.
A Marcha das Mulheres Negras, que acontecerá na véspera das
celebrações do dia 20, denunciará o racismo, a violência, o sexismo e o avanço
das forças conservadoras que ameaçam a democracia.
A realização da 1º Marcha é uma estratégia das mulheres
negras que buscam visibilizar suas lutas, além de denunciar todas as formas de
violências provocadas pelo racismo.
A marcha vai reivindicar também o fim do genocídio da
juventude negra, o fim das revistas vexatórias em presídios e as agressões
contra as mulheres negras.
No Brasil, a juventude negra permanece sendo assassinada,
principalmente nas periferias. Dados divulgados no relatório Índice de
Vulnerabilidade Juvenil à Violência Racial 2014 mostram que a população negra
entre 12 e 29 anos é a principal vítima de violência.
Para a secretária nacional de Combate ao Racismo da CUT,
Maria Julia Nogueira, essas mobilizações são importantes porque acontecem num
momento de acirramento da intolerância no país.
"A gente vê o recrudescimento do racismo no país em pleno
século XXI”, diz a dirigente, que lembrou ainda os casos de racismo envolvendo
a jornalista Maria Júlia Coutinho e a atriz Thaís Araújo. *CUT
|