Segundo o IBGE, os remédios, que haviam subido 2,94% em maio, tiveram alta de 0,65% no mês passado – e somaram 4,85% no primeiro semestre. Com a variação menor em junho, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais foi de 1,30% para 0,72%, mesmo assim ainda o maior resultado do mês, juntamente com Vestuário.
Em relação aos alimentos, o aumento passou de 0,47%, em maio, para 0,27%. No semestre, a alta foi de 6,49%. Nesse grupo, de Alimentação e Bebidas, "grande parte dos itens passou o custar menos de maio para junho", diz o o IBGE, citando açaà (-12,43%), cebola (-6,01%), tomate (-5,02%), óleo de soja (-3,69%), frango inteira (-3,45%), farinha de mandioca (-3,41%), hortaliças (-3,35%) e pescados (-2,70%).
A maior pressão para baixo veio da gasolina (de -0,36% para -0,93%) e do etanol (de alta de 0,38% para queda de 4,40%) – cada item representou -0,04 ponto percentual. Mesmo assim, o grupo Transportes foi de -0,03% para 0,10%, com impacto das tarifas de ônibus urbano, "que, liderando os maiores impactos de junho, com 0,05 ponto percentual, tiveram aumento de 1,83%, ao passo que em maio haviam apresentado queda de -0,43%". Os resultados foram calculados ainda sem considerar a revogação do aumento de tarifas, decidida esta semana, após vários protestos contra a alta de preços.
Ainda no grupo Transportes, as passagens aéreas foram de -3,41% para 6,68%. E as tarifas de ônibus intermunicipais, de zero para 0,81%.
Outros itens considerados importantes no orçamento familiar subiram menos, como empregado doméstico (de 0,76% para 0,50%), mão de obra para pequenos reparos (de 1,93% para 0,36%) e artigos de limpeza (de 1,27% para 0,21%). "Por outro lado, ocorreu aumento em itens que também exercem influência significativa nos orçamentos, com destaque para o mobiliário(de 0,27% em maio para 1,25% em junho), taxa de água e esgoto(de 0,90% para 1,21%), artigos de higiene pessoal(de 0,36% para 1,01%), tv, som e informática(de -0,92% para 0,71%) e consertos(de -0,45% para 0,75%)", acrescenta o IBGE.
Dos Ãndices regionais, o maior foi o do Rio de Janeiro (0,72%), ainda sob impacto das tarifas de ônibus (variação de 3,27%), com o reajuste de 7,2% que entrou em vigor no dia 1º, agora revogado. O menor foi o de Belém (-0,25%), com recuo de 1,18% nos alimentos. O IPCA-15 foi 0,39% em Belo Horizonte, 0,37% em BrasÃlia, 0,48% em Porto Alegre e 0,27% em São Paulo.
"Prévia" da inflação oficial (IPCA), os preços do IPCA-15 foram coletados de 15 de maio a 13 de junho e comparados aos do perÃodo de 13 de abril a 14 de maio.
*Rede Brasil Atual |