No primeiro semestre de 2017, os bancos fecharam 10.680 postos de
trabalho no país. Porém, em julho, o saldo foi positivo com a abertura
de 72 postos no setor bancário, após dezessete meses de saldos
negativos. Os números fazem parte da pesquisa sobre o Emprego Bancário,
realizada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED),
divulgada nesta quarta-feira (16). |
A análise mostra que os bancos Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e
Banco do Brasil foram responsáveis pelo fechamento de 5.857 postos no
país. Só a Caixa Econômica fechou 4.543 vagas.
Os desligamentos atingiram os trabalhadores entre 50 a 64 anos, com o
fechamento de 7.903 postos de trabalho, durante o período, e o saldo
positivo foi apenas para pessoas com faixa etária até 24 anos.
Para o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, mesmo com o
saldo positivo, obtido no último mês, não se pode esquecer que os seis
meses anteriores foram assustadores para a classe trabalhadora. "A
maioria dos postos criados foi voltada para a área de call center, que
deixa claro a tendência das agências físicas em modificar seu perfil
para digital”, explica.
A desigualdade entre homens e mulheres também é observada. As 11.963
mulheres desligadas dos bancos entre janeiro e julho de 2017 recebiam,
em média, R$ 6.449,22, o que representou 78,4% da remuneração média dos
11.757 homens que foram desligados dos bancos no período. *Contraf/CUT |