O lucro líquido do maior banco do país em ativos de julho a setembro
somou R$ 2,246 bilhões, queda de 26,6% ante igual período de 2015. Em
termos ajustados, o lucro foi de R$ 2,337 bilhões, queda de 18,9% sobre
um ano antes. Como efeito da recessão no país, a carteira de
crédito ampliada do BB no fim de setembro caiu 6,9% sobre 12 meses
antes, para R$ 734 bilhões, retração liderada pelas operações com
empresas. Apesar disso, a margem financeira bruta, que reflete
os resultados com concessão de empréstimos e o desempenho da tesouraria,
subiu 13,9% no comparativo anual, sobretudo pelo fato de o BB ter
praticado taxas de juros mais altas. O BB também conseguiu maiores
receitas com recuperação de créditos.
O perfil da carteira piorou de novo, com o índice de inadimplência
acima de 90 dias subindo a 3,51%, ante 2,06% um ano antes. Foi o sexto
trimestre consecutivo de aumento sequencial do índice. Com isso,
a despesa com provisão para perdas com calotes somou R$ 6,64 bilhões no
período, aumento de 13,9% ano a ano, embora tenha caído quase 20% sobre
o trimestre anterior, quando o BB fez uma provisão extra para perda com
uma grande empresa. O banco ainda conseguiu aumentar em 5,8% as
receitas com tarifas, para R$ 6,02 bilhões. E as despesas
administrativas cresceram 7,3% em 12 meses, abaixo da inflação do
período, R$ 8,42 bilhões. Mas a provisão para calotes pressionou
a rentabilidade sobre o patrimônio, que mede como os bancos remuneram o
dinheiro de seus acionistas. No trimestre, o indicador caiu 9,5%, queda
de 4,6 pontos percentuais ano a ano. Na métrica ajustada, a queda foi
de 3,4 pontos, para 9,9%. Previsões Com isso, o BB
piorou as previsões para algumas de suas principais métricas de
desempenho para o ano. A projeção para rentabilidade, por exemplo,
passou de 9% a 12% para 8% a 10%. A estimativa de crescimento
para a carteira de crédito no país foi do intervalo de queda de 2% a
alta de 1% para a faixa de queda de 9% a 6%. Mas a previsão para aumento
de despesas administrativas passou do intervalo de 5% a 8% para a de 4%
a 6%. *UOL |