| Superávit da Previ já bate os R$ 6 bilhões neste ano
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Previdência Pública | 27/10/2016 | 10:10:43 |
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Superávit da Previ já bate os R$ 6 bilhões neste ano |
Movimento sindical luta para manter participantes na gestão do Fundo |
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Estão caindo por terra algumas máximas alardeadas na chamada grande
imprensa, de que a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco
do Brasil) estaria em dificuldades e que, portanto, precisaria de
interferência externa na gestão. O fundo de pensão voltou a apresentar
superávit que já chegou a R$ 6 bilhões, no Plano 1, neste ano. |
A informação é do diretor eleito de Seguridade da Previ, Marcel Barros,
que explica que os ataques à entidade começaram a ficar mais fortes
quando fechou 2015 apresentando déficit de R$ 16 bilhões no Plano 1.
"À época fizemos prestações de contas do balanço em reuniões com os
participantes em todo o país. Mostramos que a situação da Previ era
momentânea e estava influenciada por conta de uma crise internacional,
com as ações na bolsa em baixa”, explica Marcel Barros. "Haveria
prejuízo se tivéssemos negociado esses papéis naquele momento. Não
tomamos essa medida e agora, com a alta na Bovespa, a Previ voltou a se
recuperar. No balanço do terceiro trimestre deste ano o superávit no
Plano 1 chegou a R$ 3,191 bilhões mas agora, neste final de outubro, já
chegou a cerca de R$ 6 bilhões.”
E o Plano Previ Futuro, de acordo com o diretor eleito, vai no mesmo
caminho, com rentabilidade de mais de 23% no total acumulado, garantindo
excelente resultado para todos os perfis de investimento. "No Previ
Futuro, o patrimônio se aproxima de R$ 9 bilhões e se transforma em um
dos maiores do país.”
Gestão dos trabalhadores – Marcel atribui a superação
de momentos difíceis na caixa de previdência à participação de
conselheiros e diretores eleitos na gestão da entidade. "São
funcionários cuidando de seu patrimônio. Isso aumenta a responsabilidade
de todos. E a constante prestação de contas aos associados é que
garante a relação de confiança”.
Questionado sobre o Projeto de Lei Complementar 268/16, que interfere
na gestão dos fundos de pensão, Marcel destaca que os trabalhadores têm
de reagir. "Essa é mais uma manobra para tentar colocar o patrimônio
dessas entidades a serviço do mercado e não dos participantes. Somos
contrários a esse projeto, até porque já está comprovado que a forma de
governança da Previ, com a igualdade de integrantes nas diretorias e
conselhos (indicados pelo BB e eleitos pelo funcionalismo) é a melhor
forma de administrar o patrimônio dos trabalhadores. Com pessoas do
‘mercado’ nessas instâncias, com certeza, os interesses seriam outros”,
critica.
O PLP 268 – Aprovado no Senado e que aguarda
apreciação pela Câmara dos Deputados – elimina a eleição de diretores
nos fundos de pensão patrocinados por empresas e órgãos públicos. Também
reduz a um terço a representação dos participantes nos Conselhos
Deliberativo e Fiscal. As vagas tiradas dos verdadeiros donos dos fundos
de pensão seriam entregues a conselheiros "independentes” e a diretores
contratados no mercado por "empresas especializadas”.
*SP/Bancários |
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