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Nota de Repúdio do Comitê de Mulheres pela Democracia do RS
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Violência | 26/10/2016 | 16:10:02
Nota de Repúdio do Comitê de Mulheres pela Democracia do RS
Violência contra mulheres em Santa Maria gera indignação
 

Vimos por meio desta, manifestar nossa indignação CONTRA O CANDIDATO A PREFEITO da cidade de Santa Maria (RS), Jorge Cladistone POZZOBOM, do PSDB, POR FAZER APOLOGIA À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES, por meio da "sugestão” de que sua empregada doméstica colasse sua genitália como método contraceptivo.

O fato – amplamente disseminado nas redes sociais através de áudio e vídeo e registrado por jornais da cidade e da capital – se deu numa atividade de campanha política, num Painel no Conselho Municipal de Saúde de Santa Maria, na última quinta-feira (20/10/2016), quando o prefeiturável POZZOBOM declarou que teria sugerido à sua empregada doméstica que ela utilizasse a cola "Super Bonder" para "colar/fechar” sua genitália, a fim dela não gerar mais filhos, já que estava grávida do quarto bebê, o que ele considerava um absurdo. E usou esse "exemplo” para justificar o "Projeto” de sua campanha eleitoral, o "Mãe Santa-Mariense”, que seria uma "política de educação” com orientação de "Planejamento Familiar” para as mulheres da cidade de Santa Maria.

Pressionado pelas mídias, pela repercussão negativa de sua fala preconceituosa e de incitamento à violência contra as mulheres, Pozzobom emitiu nota pública aos jornais, justificando o que disse e se defendeu dizendo que "foi uma brincadeira”.

Ora, essa "brincadeira” do Pozzobom PODE DESENCADEAR UMA ONDA GALOPANTE de ataques em série contra mulheres, por ele tentar naturalizar crime bárbaro e tortura medieval contra mulheres. Neste fato, que segue o mesmo curso de uma cultura que tenta naturalizar a violência contra nós, mulheres, com sucessivas tentativas de nos questionar, culpabilizar, responsabilizar, perseguir e condenar, o mais grave é o INCITAMENTO DE VIOLÊNCIA contra as mulheres que ele fez! O que pode, concretamente, vir a ocorrer em Santa Maria e/ou no Rio Grande do Sul, pela disseminação dessa sua violenta ideia machista e misógina propagandeada por ele.

Pois esse tipo de crime já aconteceu ano passado na África do Sul, quando marido ciumento colou a genitália da mulher com cola do tipo "Super Bonder”, de modo irreversível, causando enorme sofrimento para ela, que ficou mutilada. Sabe-se que quando condutas inaceitáveis são realizadas e amplamente divulgadas nos meios de comunicação, tornando-as muito populares e conhecidas, logo essas são replicadas na sociedade. O caso dos esquartejamentos que vem ocorrendo recentemente em Porto Alegre é uma prova desse tipo de barbárie desumana, que vem se replicando.

Vivemos em uma sociedade patriarcal, machista, sexista e racista em que as mulheres e meninas são tratadas como seres inferiores, como objetos e são violadas diariamente. A violência de gênero é um problema grave e atinge milhares de mulheres todos os dias. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado do RS, em 2015, aconteceram 807 tentativas de homicídio e 346 assassinatos de mulheres. Porém sabe-se que a violência contra a mulher é bem maior, se considerarmos as que são agredidas física e moralmente e as que não conseguem denunciar.

Portanto, Pozzobon, justamente num debate político sobre políticas públicas de saúde, além de jogar a responsabilidade do "Controle de Natalidade” apenas nas mulheres, propôs e estimulou a violência contra as mulheres de forma medieval e torturante, sugerindo que se "cole” a genitália das mulheres pobres, para que elas não mais fiquem grávidas! Tal declaração incute na população masculina/machista a falsa ideia de que a vida de nós, mulheres, está disponível para ser exposta, violada e julgada, tornando-se, portanto, canais para violações mais graves, como a sugerida criminosamente por ele.

Diante do exposto, VIEMOS A PÚBLICO, MANIFESTAR NOSSO REPÚDIO frente ao fato aqui destacado e expressar nossa INDIGNAÇÃO CONTRA O CANDIDATO A PREFEITO da cidade de Santa Maria (RS), Jorge Cladistone POZZOBOM, do PSDB, POR INCITAR A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES.

Temos o direito de viver com liberdade e sem violência!

A nossa resistência é o que nos mantém vivas e lutando!

#NãoFoiBrincadeiraFoiViolênciaContraAsMulheres

Exigimos que as leis do Brasil, que os direitos sociais e a Constituição sejam respeitadas e seguidas!. Somos uma organização Pluripartidária e de movimentos de Mulheres pela Democracia.

Porto Alegre (RS) 22 de outubro de 2016.

Comitê de Mulheres Pela Democracia – RS

Movimentos que Compõem esse Comitê:

Coletivo Feminino Plural, Coletivo de Mulheres UFRGS, Conselho Municipal de Mulheres POA, Rede Feminista de Saúde, Marcha das Mulheres Negras, Marcha Mundial de Mulheres, Ação Mulheres Trabalhistas, FMG (Federação das Mulheres Gaúchas), Secretaria de Mulheres PT, Setorial Nacional Mulheres PSOL, PDT Mulher, Mulheres PCdoB, Liga Brasileira de Lésbicas, Promotoras Legais Populares, Advogadas e Advogados Pela Legalidade, Saúde Coletiva UFRGS, Comissão Pastoral da Terra RS, Movimento Nacional de Luta pela Moradia RS, Anistia Internacional, Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular, Contestação, Intersindical, FETRAFI/RS, Federação de Alimentação/RS, Federação Nacional de Cooperativa Habitacional das Trabalhadoras/es Correios, CPERS Sindicato, Sindicato Bancários POA, Sindicato Jornalistas, Sindicato Sociólogas, SindiPetro/RS, UGEIRM Sindicato, Gabinete Vereadora Sofia Cavedon, Gabinete Deputada Estadual Stela Farias, Gabinete Deputada Estadual Manuela D’ávila, Gabinete Deputada Federal Maria do Rosário, COREN/RS, CUT RS, Fórum 21, UJS, UBM, UBS, MTD, OCAC, MMI. CLADEM, Renata Jardim, Fórum Gaúcho de Saúde Mental – FGSM, EmpoderArte.

 
 
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