O avanço das transformações do mundo do trabalho, através da reestruturação produtiva, cujo modelo tecnológico adotado é extremamente excludente, tem atingido severamente os trabalhadores do ramo financeiro. As organizações, principalmente as instituições financeiras, foram impregnadas por estas políticas, transformadas em uma ideologia que disputa as mentes e os corações dos trabalhadores, com a estratégia de coptação, estabelecendo a competição e o individualismo.
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Esta estratégia tem atingido o imaginário de homens e mulheres do setor financeiro. Por outro ângulo, causa a perda da auto-estima dos trabalhadores e a desagregação destes com as entidades sindicais, que historicamente foram para a linha de frente, não apenas nas lutas específicas da categoria, mas da classe trabalhadora de modo geral, no estado do Rio Grande do Sul e no país.
Considerar estes aspectos para pensar uma Política de Formação voltada para a categoria bancária, exige ainda uma reflexão do futuro destes trabalhadores e trabalhadoras, quer empregados ou desempregados, para que estes cumpram o seu papel político em uma sociedade globalizada, sustentada na telemática e que venham a influenciar ativamente as mudanças necessárias para uma sociedade justa e igualitária.
Diante deste quadro, pode-se afirmar que a Política de Formação da FETRAFI-RS é tão estratégica quanto a construção do Ramo Financeiro e da implementação do Sistema Democrático das Relações do Trabalho.
Para dar conta desse desafio, a Federação vem implementando e avançando em uma estratégia que garanta a formação de quadros dirigentes, comprometidos com a luta dos trabalhadores, capacitados para a intervenção local e estratégica e que construa uma legitimidade necessária para ser dirigente de ponta da categoria e da classe.
Diretora de Formação:
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