Diante de pautas conservadoras, lideradas pelo presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que tira direitos dos trabalhadores e
atacam os princípios da democracia, tentando deslegitimar a presidenta do
Brasil, Dilma Rousseff, eleita democraticamente. E contra decisão do governo
que implementa medidas fiscais antipopulares que prejudicam a classe
trabalhadora, movimentos se organizam nacionalmente para defender o país.
Para a secretária de Mobilização e Relação com Movimentos
Sociais da CUT, Janeslei Albuquerque, a unidade dos movimentos e a mobilização
são fundamentais para enfrentar este momento tão difícil na conjuntura política
e econômica do país.
"Só com povo na rua, numa luta forte e unitária, teremos
condições de sermos vitoriosos numa luta democrática contra a direita golpista
e contra a ofensiva conservadora sobre os direitos civis, sobre os direitos
sociais e direitos políticos”.
O dia 13 foi escolhido porque entre os dias 12 e 15 de
novembro, acontecerá na capital federal, o 41º Congresso da UBES, que tem
previsão de reunir mais de 15 mil jovens. A ideia é unir as pautas e fazer um
grande ato.
"Nos somaremos a passeata dos jovens da União Brasileira dos
Estudantes Secundaristas (UBES) e faremos uma grande manifestação em Brasília
em defesa da democracia, em defesa dos direitos dos trabalhadores, em defesa da
mudança da política econômica e em defesa da Petrobras”, justifica o
coordenador Nacional do Movimento Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.
Para a presidenta da UBES, Barbara Melo, esta decisão só
confirmou a unidade da Frente. "A gente acredita que neste momento da
conjuntura, com risco de golpe e o avanço do conservadorismo, só com unidade
dos movimentos sociais é que iremos ter conquistas. O grito "Fora Cunha” dá
unidade para toda a sociedade brasileira”.
De acordo com o diretor executivo da CUT, Julio Turra, é
preciso aglutinar forças para defender os projetos do Brasil, contra as
ofensivas da classe dominante. "Sem dúvida nenhuma estamos empenhados para
fazer da Frente Brasil Popular uma grande força. Ela é nacional move os setores
que acreditamos que devem ser envolvidos. Tem uma plataforma clara e está
aberta a todos que queiram participar. Estamos empenhados na unificação para
fazer uma grande frente”, disse.
Segundo a presidente da CUT Minas Gerais, Beatriz Cerqueira,
que compõe a frente estadual, pautas como a atual política econômica e as
retiradas de direitos, que mexem na vida dos trabalhadores, também dialogam com
a população. "A gente precisa dialogar para além de nós mesmos, precisamos
conversar com a classe trabalhadora em geral para não aderir ao um
conservadorismo cada vez mais reinante nos meios de comunicação. Porque nós
sabemos que uma saída pela esquerda é possível”.
Para Orlando Guilhon, do Fórum Nacional Pela Democratização
da Comunicação (FNDC) no Rio de Janeiro, a Frente tem outro grande desafio.
"Tem que tentar resgatar a discussão de um projeto para o país com reformas
estruturantes, que desde o governo João Goulart vem discutindo e que nunca
conseguiu colocar em prática”.
Para Stédile a pauta é uma só: defender o Brasil. "E isso só
será possível se as forças populares forem constituindo frentes, alianças que
não tiram as especificidades de cada movimento, porém aglutinando aquilo que é
fundamental para alterar a correlação de forças, que é a mobilização popular”.
Dia 10 de Dezembro
Também ficou decidido pelo coletivo que cada estado fará um
ato político cultural no dia 10 de dezembro, dia internacional dos direitos
humanos, contra intolerância e contra as manifestações fascistas.
*CUT Nacional
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