A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, uma das coordenadoras da mesa de negociações, ressaltou a importância das mesas temáticas de negociações e os avanços que são conquistados pelos trabalhadores em decorrência das negociações realizadas nestas mesas.
"Neste ano, conseguimos colocar peso nestas mesas, com a participação do Comando nestes debates específicos e conseguimos alguns avanços, principalmente na mesa de igualdade, mas também na mesa de saúde”, afirmou Ivone. Na última reunião da mesa de negociações, realizada no dia 9 de abril, os bancos aceitaram definir um cronograma de negociações sobre as questões de saúde da categoria. Cronograma de negociaçõesO secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, que coordena a representação dos bancários na mesa de negociações de saúde, apresentou diversas questões relacionadas à saúde que afetam o trabalhador no seu cotidiano de trabalho e o cronograma de discussões definido com a Fenaban.
"Temos que estar atentos para que as negociações e acordos que realizarmos não sejam utilizados pelos bancos para se omitir de suas responsabilidades diante da realidade de adoecimento da categoria, alegando que existe acordo com a representação dos trabalhadores”, observou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.
Na reunião de amanhã o tema a ser debatido girará em torno do descumprimento pelos bancos de cláusulas da CCT relacionadas à saúde, além do fluxo de encaminhamento dos bancários adoecidos para o afastamento para tratamento de saúde, recebimento de benefícios e retorno ao trabalho.
Na reunião seguinte, o debate será sobre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e as políticas de prevenção. Na terceira reunião, o adoecimento decorrente da pressão por resultados, metas abusivas e o assédio moral estará na pauta de discussões.
"Sabemos que a definição e a cobrança de metas são hoje uma das principais causas de adoecimento da categoria. Queríamos iniciar os debates por este tópico, mas vamos antes ampliar o debate sobre este ponto em específico para acumular informações e conseguir negociar com mais propriedade”, explicou Mauro.
Fonte: Contraf-CUT |