O ato é uma resposta às manifestações do presidente da
Caixa, Pedro Guimarães, que confirmou a abertura de capital das operações de
Cartões, Loterias, Asset e Seguros do banco público em entrevistas. O
fatiamento vai enfraquecer a Caixa, segundo o diretor da Contraf-CUT e membro
da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE) Gilmar Aguirre.
"Quando um banco é 100% público, ele é 100% nosso”, explica
Aguirre. "Quando tu vendes parte desse banco, a iniciativa privada tende a
puxar muito mais pela rentabilidade do que os programas sociais que ele tem.
Então, a gente corre o risco de perder esse viés social”, destaca, lembrando
que o Governo Federal recentemente limpou os cadastros do FGTS e do PIS/Pasep
para oferecer ao mercado uma Caixa enxuta, que desperte o interesse do capital
privado.
Mais informação para a população
Para esclarecer e orientar a população sobre a gravidade de
enfraquecer, fatiar, reduzir e privatizar a Caixa, foi distribuído durante o
ato um panfleto no qual os bancários explicam porque é importante defender o
banco público. Nele, são colocados oito argumentos contrários à privatização.
Entenda mais a seguir.
"Defender a Caixa é defender o sonho da casa própria”
A Caixa é líder no mercado de financiamento imobiliário, com
69% de participação, segundo os dados de 2017. Ela ainda é responsável por 90%
da construção de habitações populares, o que representa, além da realização do
sonho da casa própria para milhões de brasileiros, a geração de emprego e renda
para trabalhadores da construção civil.
"Defender a Caixa é defender os trabalhadores”
É na Caixa que são pagos o Seguro-Desemprego, o
Abono-Salarial, o PIS, entre outros benefícios para o trabalhador e para a
trabalhadora, sem contar as aposentadorias e pensões, que também são pagas pelo
banco.
"Defender a Caixa é defender o principal agente de políticas
públicas do Brasil”
A Caixa é fundamental para o desenvolvimento econômico do
País. Só do Programa Bolsa Família foram pagos R$ 27,8 bilhões em 2017. No
mesmo ano, as operações de saneamento e infraestrutura receberam da Caixa R$
82,7 bilhões e o crédito rural, R$ 6,9 bilhões.
Esses são apenas alguns argumentos. Além disso, o banco é o
guardião da poupança de grande parte da população brasileira e a instituição que vinha
oferecendo as menores taxas de juros do mercado até começar a ser alvo das
iniciativas privatistas. "Defendemos a Caixa 100% pública, mas muito mais do
que isso, a Caixa no tamanho e no papel que ela tem hoje”, completa Aguirre. Assessoria de Comunicação da Fetrafi-RS
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