Os banqueiros também não garantiram que os bancários não serão substituídos por trabalhadores contratados de forma precarizada, a exemplo da terceirização. Além disso, querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas sequer apresentaram a redação das modificações. A próxima rodada de negociação ficou agendada para o dia 17 de agosto (sexta-feira).
"O recado está dado: bancários querem aumento real e não aceitam perder direitos. Não vão aceitar receber PLR menor, nem ser substituídos por trabalho precarizado,” afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.
Dia do Basta
Os bancários também votaram pela participação no Dia do Basta, na próxima sexta-feira, 10 de agosto. Aprovaram paralisação parcial. A abertura das agências e dos departamentos bancários será retardada em protesto contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e contra o desemprego e a retirada de direitos. O Dia do Basta foi convocado pela CUT e demais centrais sindicais, com apoio das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e de vários movimentos sociais.
"A categoria está unida aos demais trabalhadores na luta contra o desemprego que atinge mais de 13 milhões de brasileiros e também contra a retirada de direitos que vem sendo feita pelos golpistas com a aprovação da nova lei trabalhista que libera a terceirização, com o congelamento dos investimentos em saúde e educação e também para defender os bancos públicos contra as privatizações”, disse a presidenta da Contraf.
Defesa dos bancos públicos
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No dia 15 de agosto será realizado um Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos públicos e contra as resoluções 22 e 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), em Brasília, em frente ao Ministério da Fazenda e repercutido nos estados que não puderem participar do ato em Brasília. Estas resoluções determinam que empresas estatais reduzam despesas com a assistência à saúde dos trabalhadores; e limita a 6,5% da folha de pagamento a participação no custeio dos planos de súade dos funcionários pelas empresas públicas. Isso afeta tanto a Cassi (plano de saúde dos funcionários do BB), quanto o Saúde Caixa.
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Mobilização dos bancários no Dia do Basta, em Porto Alegre – Sexta-feira, 10/8
7h: Concentração dos bancários na Praça da Alfândega, Centro Histórico de Porto Alegre, entre a Caixa e o Banrisul. Organização e saída de caravanas para formação de piquetes e reuniões de esclarecimento e convencimento em agências bancárias.
8h30: Ato do Dia do Basta em frente à sede da Fecomércio no Centro Histórico de Porto Alegre. Após o ato, caminhada até o Palácio Piratini para Ato contra o desmonte do patrimônio público.
10h30: Caminhada até a sede do Tribunal Regional do Trabalho de Porto Alegre, para ato, organizado pelo próprio TRT, para defender a Justiça do Trabalho e os direitos sociais.
11h: Vigília para acompanhar segunda mesa de negociação dos Banrisulenses. Bancários de bancos púbicos e privados se concentram em frente à sede da Associação dos Bancos do RS (ASBANCOS), na Rua dos Andradas, 1.234, Centro Histórico de Porto Alegre.  Confira a posição de cada sindicato do Rio Grande do Sul na Assembleia desta quarta-feira, dia 8: Informações: Contraf-CUT e Sindbancários Porto Alegre
Foto: Comunicação SindBancários Porto Alegre |