Após estranhar a ausência do presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Mota, para receber das mãos dos diretores do SindBancários e Fetrafi-RS a Pauta de reivindicações específicas dos Banrisulenses, no início da tarde desta sexta-feira, 15/6, na sede da Direção Geral do banco, o presidente do Sindicato, Everton Gimenis, disse que "neste momento terrível que o estado e o Brasil atravessam, a instituição financeira deveria ser mais receptiva e facilitar as negociações com os trabalhadores”. De fato, desta vez os dirigentes sindicais sequer foram recebidos em gabinete: a entrega da pauta se deu no saguão do 15º andar do banco, junto aos elevadores. O documento dos bancários foi recebido pelo superintendente de Gestão de Pessoas do banco, Gaspar Saikoski. |
Gimenis lembrou que desta vez, quando se celebra o 26° acordo coletivo de trabalho, o que o Banrisul apresenta aos funcionários e a sociedade é o fatiamento de seus ativos mais importantes, como a Banrisul Cartões e os leilões de ações feitos de forma nebulosa. "Desde que o governo Sartori assumiu, nós não conquistamos mais nada nas cláusulas aditivas. Só renovar estes itens já representou uma vitória. O que nós queremos é uma negociação respeitosa, e não só do acordo e dos aditivos, mas também fazer a discussão do banco como entidade pública. O Banrisul não pode ser o pior banco nas negociações”, protestou o sindicalista.
Pauta democrática
Denise Falkemberg, diretora da Fetrafi-RS, lembrou que a pauta foi construída de maneira democrática e dialoga com o banco público dos gaúchos e gaúchas, que deve permanecer nestas condições. Para Denise, é importante que o banco examine a pauta dos trabalhadores e convoque logo uma reunião para discutir os pontos: "Estender demais esta negociação não é bom para ninguém”, reforçou a bancária.
Já o diretor de Formação da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha, lembrou que mesmo que o presidente do banco não tenha tido a deferência de receber a pauta da mão dos sindicalistas, "se o Banrisul só continua de pé, ajudando o estado a crescer e dando emprego aos banrisulenses, em boa parte é por causa da luta sindical”. Rocha também assegurou que os sindicalistas vão continuar a usar toda a sua energia militante para fortalecer a instituição e os funcionários. Â
Calendário da Fenaban
Gaspar Saikoski, que recebeu a pauta de reivindicações em nome presidência do banco, disse que o Banrisul acompanhará as orientações da Fenaban e o calendário de negociação determinado por ela. Â Informações: SindBancários |