A proposta apresentada altera o custeio dos Plano Associados
para ativos e aposentados, altera o modelo de governança paritária e quebra o
princípio da solidariedade, instituindo também a cobrança por dependente.
Com a Contribuição por Titular, o Banco do Brasil mantém os
4,5% e os associados 4%, ficando permanente a contribuição extraordinária que
iria até 2019.
A Contribuição por Dependente estabelece o valor base de R$
360,57 (valor limitado ao da 1ª faixa do Cassi Família II). Assim, a cobrança
por dependente se daria de forma diferenciada entre ativos e aposentados.
Os aposentados teriam de contribuir com 100% do valor base
(R$360,57) para o primeiro dependente e mais 20% do valor para o segundo em
diante (R$72,11). Já para os ativos, seria 40% do valor base por dependente até
o terceiro (R$144,23 por dependente) mais 20% do valor base (R$72,11) a partir
do terceiro dependente. 60% desse valor seria pago pelo Banco do Brasil direto
para a Cassi.
No caso da Contribuição Total, ficam estabelecidos os dois
tipos de contribuição citados acima limitados a 10% da renda.
Mudança na governança
Com a mudança na governança, a Cassi passaria a contar com
cinco diretorias mais a presidência (modelo atual tem três Diretorias e
Presidência). A presidência e a Tecnologia e Inovação seriam indicadas pelo BB.
Os representantes de administração e gestão de Risco e Relacionamento seriam
eleitos. E Produtos e Programas e Rede de Atendimento seriam representados por
técnicos.
A proposta para a Governança inclui ainda o voto de
qualidade (voto de minerva) para o patrocinador no Conselho Deliberativo.
As Entidades farão debates com os associados para melhor
entendimento e análise técnica da proposta.
Para Wagner Nascimento, Coordenador da Comissão de Empresa
dos Funcionários do BB, a proposta do banco aumenta consideravelmente o custo
para aposentados e ativos de forma desigual quando penaliza os menores
salários. "As mudanças no modelo de governança quebram a paridade de gestão e
precisam ser muito bem estudadas, principalmente pela introdução de agentes de
mercado e a instituição do voto de minerva, tão condenado pelos associados. É
sempre bom lembrar que grandes planos de saúde no Brasil que quebraram recentemente
eram geridos por agentes de mercado, sem compromisso com os associados.
Orientamos os sindicatos a realizarem debates com as suas bases para discutir
os impactos da proposta entre ativos e aposentados. ” Informações: Contraf-CUT |