A mesa foi composta
pelo desembargador do TRF4, Roger Raupp Rios, o diretor do SindBancários e da
Contraf-CUT, Mauro Salles, a titular da Secretaria da Mulher da Contraf, Elaine
Cutis, e o diretor executivo da entidade, Adilson Barros.
Segundo Roger Rios, a luta contra a injustiça econômica não
avança na sociedade se outras lutas sociais – contra o racismo, o machismo e a
homofobia – não avançarem também. "O mal hoje é banalizado, as pessoas preferem
não pensar nestes assuntos. E uma campanha como esta pode dar visibilidade e
ajudar a pensar”, disse. O desembargador também apontou o aumento da
criminalidade como um fator que incentiva a intolerância. "A violência,
especialmente urbana, é assustadora. Mas não podemos nos deixar levar pela
exploração emocional disso. Pois é um caldo de cultura para a fixação do
preconceito. Por tudo isso, é muito importante que o sindicalismo discuta estas
pautas, o que muitos outros setores sociais não estão fazendo”, concluiu.
Na avaliação de Elaine Cutis, hoje vivemos um imenso
retrocesso social no país: "O Brasil já é o país que mais assassina transexuais
no mundo inteiro”, revelou a sindicalista. "O mote da nossa campanha – ‘Não
precisa ser, para sentir’ – deve virar um selo da luta contra a discriminação.
E não deve ficar só entre a categoria, precisa ir para fora, para toda a
sociedade. É uma campanha que tem um começo, mas não tem fim”, afirmou. Ela
relatou que a Contraf vem solicitando à Fenaban mais espaço para entrar nos
bancos com esta bandeira da conscientização, mas ainda sem um retorno.
À tarde, a reunião do Sistema Diretivo da Fetrafi-RS teve
seguimento com o lançamento da campanha Nacional em Defesa da Caixa. A apresentação
ficou a cargo do diretor da Contraf-CUT, Gilmar Aguirre, e da diretora da
Fenae, Rachel Weber. Ela disse que é momento para reunir todas as entidades com
o único propósito de defender a Caixa, que vive sob ameaça de ser transformada
em SA. No dia anterior, havia sido
criado o Comitê Gaúcho em defesa da Caixa, com a participação de dez entidades
representativas dos trabalhadores do banco. Na avaliação de Rachel, a
participação dessas entidades será importante para a marcação de audiências nas
Câmaras de Vereadores dos municípios gaúchos, o que é importante para fazer a
interiorização da Campanha.
Acesse o site da campanha em https://goo.gl/EJdfif
Sindicalismo pós-golpe na CLT foi o tema seguinte abordado na
reunião. O assessor jurídico Milton Fagundes apresentou sugestões para os
sindicatos se readequarem a nova realidade imposta pelo fim da contribuição
sindical. A realização de uma única assembleia que contemple todos os
sindicatos e a otimização dos serviços ofertados foram alguns os pontos abordados.
Ele também lembrou da necessidade de antecipar as assembleias que irão
deliberar sobre as negociações coletivas em 2018. Por fim, Milton Fagundes
esclareceu dúvidas sobre a conduta do Santander a respeito das horas-extras e o
posicionamento que o trabalhador deve tomar.
Reforma da previdência foi o tema seguinte a ser debatido. A
advogada previdenciária Aline Portanova expôs ponto-a-ponto o que vai mudar na
aposentadoria dos trabalhadores, caso a reforma seja aprovada. Finalizando a
Reunião do Sistema Diretivo, a diretora da Fetrafi-RS, Maria Cristina Santos falou
sobre assuntos relacionados ao Banco do Brasil. O principal assunto destacado
foi o descomissionamento em massa de gerentes gerais em várias praças de todo o
Brasil.