Trata-se da reforma trabalhista do governo ilegítimo de Michel Temer
(PMDB). O projeto, apoiado pelas federações empresariais, pode ser
votado no plenário do Senado nesta terça, conforme anunciou o presidente
da Casa, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). "Com a vígilia, vamos
pressionar os senadores gaúchos até o último minuto para salvar os
direitos trabalhistas da classe trabalhadora”, afirma o presidente da
CUT-RS, Claudir Nespolo.
No mesmo dia, as entidades sindicais também farão vigílias
semelhantes em frente às sedes municipais do PP ou nos escritórios
políticos da senadora no interior do Rio Grande do Sul. "Estaremos
mobilizados na Capital e no Interior para exigir que a senadora vote
contra essa reforma que representa uma volta ao século 19”, explica
Claudir.
Cuidar das pessoas é votar contra a reforma trabalhista
O dirigente da CUT-RS afirma que a senadora tem que honrar os
compromissos assumidos com o povo gaúcho na campanha eleitoral. "Ela
nunca falou que iria retirar direitos, mas afirmava que cuidaria das
pessoas”, lembra.
"Por isso, a nossa pressão é para que a Ana Amélia cumpra com o que
prometeu. A senadora não foi eleita para acabar com o futuro de quem
trabalha. Cuidar das pessoas é votar contra a reforma trabalhista”,
disse Claudir.
Precarização do trabalho
Caso essa reforma seja aprovada no Senado, bastará a sanção de Temer
para implementar um projeto que não vai gerar empregos, mas irá acabar
com a carteira assinada para milhões de trabalhadores.
A reforma irá permitir a terceirização da atividade fim das empresas,
a pejotização, a jornada intermitente (o trabalhador só recebe pelas
horas trabalhadas), a ampliação do contrato de trabalho temporário (de 3
meses para 6 meses), do contrato por tempo parcial (de 25 para 30
horas semanais), além de possibilitar negociar 13 direitos fundamentais
entre patrões e empregados em termos piores do que prevê a CLT (o
chamado negociado sobre o legislado), dentre outros retrocessos.
"A precarização do trabalho vai empobrecer os trabalhadores,
aumentando a miséria e a exclusão social. Vai também enfraquecer os
sindicatos e limitar a atuação da Justiça do Trabalho. Vai ainda reduzir
a arrecadação do INSS, provocando uma nova escravidão no Brasil em
pleno século 21”, alerta Claudir.
*CUT-RS
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