"Estamos aqui pela restauração da ordem democrática no Brasil, por um
movimento estudantil igualitário e contra a agenda de retrocessos
imposta por essa corja ilegítima que assaltou o poder”, afirmou o
estudante Dhonata Melo, da Universidade Federal do Sul da Bahia, que
veio participar do 55º Congresso da UNE (Conune).
Com bandeiras de todas as cores, de diversos movimentos, forças do
movimento estudantil e sindicais, o ato rodou o Centro da capital
mineira acompanhado de baterias carnavalescas em ritmo de axé e
maracatu. Agitada por pessoas de várias colorações ideológicas, chamou
atenção uma bandeira da UNE bordada durante uma oficina do Conune
ministrada pelo coletivo progressista Linhas do Horizonte.
Vindo de ônibus da Universidade Federal Rural de Pernambuco, o
estudante de letras Uiraquitan Júnio fez questão de participar do ato.
"É fundamental que os estudantes se posicionem contra os usurpadores do
poder que, por vias tenebrosas, tentam modificar a nossa Constituição
Federal e prejudicar a classe trabalhadora”, avaliou.
A presidenta do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Alessandra
Melo, participou da manifestação e comemorou a presença dos estudantes:
"As Diretas ainda não ganharam aquele corpo para contagiar
irreversivelmente o país, então todo ato, tudo que acontece é importante
para o povo exija eleições e exponha sua vontade de votar.”
De São Paulo, o estudante de Bioquímica Peppi Araújo, destacou o
protagonismo da juventude na história do Brasil: "as ruas tem que
pressionar e atingir mais duramente o Congresso Nacional e o Judiciário,
eles precisam se tocar que o país quer Diretas e que o governo Temer
acabou.” *UNE |