Acesse o novo WebMail Fetrafi-RS
WebMail Fetrafi-RS
   Início        A Fetrafi-RS         Diretoria         Estrutura         Sindicatos         Sistemas Fetrafi-RS    
Porto Alegre, 25\04\2024
Últimas Notícias
Juízes brasileiros vão à OIT contra reforma trabalhista de Temer
Compartilhe esta notícia no Twetter
Envie esta notícia por E-Mail
Direito do Trabalhador | 09/06/2017 | 16:06:32
Juízes brasileiros vão à OIT contra reforma trabalhista de Temer
106ª Convenção Internacional da OIT se estenderá até 16 de junho
 

A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) está em Genebra, na Suíça, para acompanhar a 106ª Conferência Internacional do Trabalho, que está sendo promovida pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).

A entidade brasileira aproveitou a oportunidade para protocolar dois ofícios junto à OIT, nos quais expõe sua posição contrária à Reforma Trabalhista, já aprovada na Câmara dos Deputados e que agora está em tramitação no Senado Federal.

Na última terça-feira (6), a proposta de reforma foi aprovada, sem alterações, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE). Antes de ir ao plenário, a proposta tem de ser avaliada por dois outros colegiados: a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

De acordo com o site da Anamatra, os dois ofícios entregues ao diretor geral da OIT, Guy Ryder, abordam a "preocupação com pontos da Reforma Trabalhista, em trâmite no Senado Federal, especialmente os que violam convenções internacionais do trabalho ratificadas pelo Brasil, como a possibilidade de negociação coletiva em detrimento de melhores condições de trabalho, inclusive em ambientes insalubres, em afronta às Convenções nº 98 e 155 da OIT”.

"A entidade também aponta sérias violações inclusive à Constituição, entre outros prejuízos. Já no segundo oficio sobre a reforma rural – que pretende revogar a atual Lei dos Trabalhadores Rurais e a Norma Regulamentadora nº 31 (que regula o meio ambiente de trabalho no campo)”, pontuou a Anamatra.

Na reforma rural, "entre outras alterações reducionistas”, extingue-se o direito às horas de percurso até o local de trabalho; possibilita-se o aumento da jornada de trabalho em até 12 horas diárias e folgas só após 18 dias de trabalho; permite-se o pagamento de parte do salário em gêneros alimentícios e o desconto salarial por moradia.

"Na avaliação da Anamatra, isso pode representar sério risco ao combate à escravidão contemporânea, violando diretamente as Convenções nº 29 e 105 da OIT”, explicou a entidade.

Escravidão

De Genebra, na Suíça, a juíza do Trabalho em Pernambuco, Luciana Conforti, também diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Anamatra, falou com exclusividade à Sputnik Brasil sobre as razões da entidade se opor às mudanças na legislação trabalhista brasileira.

"Alguns pontos da Reforma Trabalhista contrariam diretamente direitos previstos na Constituição Federal e nos tratados e convenções internacionais ratificados pelo Brasil. Por esse motivo, e invocando os atos de cooperação que a Anamatra mantem com OIT, frutos de parceiras anteriores, a nossa entidade decidiu impetrar estes dois ofícios por considerar que tem o dever de alertar contra estas afrontas à Constituição e às normas internacionais”, disse.

A juíza também falou sobre o esvaziamento da Justiça do Trabalho no Brasil, que poderá ser provocado pela Reforma Trabalhista conforme têm apontado vários magistrados, inclusive outros dirigentes da Anamatra.

"Alguns pontos da Reforma Trabalhista dão a entender que se procurar diminuir o papel da Justiça do Trabalho na solução de conflitos advindos entre empregados e empregadores. Esses pontos tentam avaliar a função da Justiça do Trabalho, inclusive no que diz respeito à substituição de negociações coletivas por negociações que não priorizem a intervenção da Justiça do Trabalho”, explicou.

"A intenção da Reforma é a de que a Justiça do Trabalho analise as questões do ponto de vista meramente formal, ou seja, se foram observados aspectos formais das questões e não, seu conteúdo”, emendou Luciana Conforti.

A juíza também manifestou sua preocupação com a possibilidade de haver desrespeito às proibições de trabalho em condições análogas à da escravidão.

"Esse projeto de Reforma Trabalhista contraria diversos aspectos da Constituição e até mesmo do Código Penal que proíbem, terminantemente, reduzir as condições dos trabalhadores a situações análogas à da escravidão. A legislação brasileira impede que o trabalhador se torne refém do empregador e esse projeto de reforma possibilita que situações como essas possam ocorrer”, frisou.

A 106ª Convenção Internacional da OIT se estenderá até 16 de junho.

*CUT/RS
 
 
Conteúdo    
 
 
 
Direito do Trabalhador | 17/06/2020
Senado aprova MP 936 e derruba alterações na jornada dos bancários
Engajamento das centrais sindicais e partidos que defendem a classe trabalhadora foi fundamental para a melhoria da proposta
Direito do Trabalhador | 08/06/2020
Comando cobra que bancos retirem alterações do artigo 224 na MP 936
Fenaban responde que não retira, mas que não haverá alteração da jornada, como definido na CCT da categoria e, propõe, inclusive, prorrogar acordo de manutenção da jornada atual
 
 
  Serviços
Acordos e Convenções
Enquetes
Conquistas
Acesso Restrito Interno à Fetrafi-RS
Informativos da Fetrafi/RS
Minutas de Reivindicações
Notas Jurídicas
Ações Trabalhistas Fetrafi/RS
Moções aprovadas em eventos
 
 
Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras RS
Rua Cel. Fernando Machado nº 820
CEP 90010-320 - Bairro Centro Histórico - Porto Alegre, RS
Fone: (51) 3224-2000 | Fax (51) 3224-6706

Copyright © 2010 Fetrafi. Todos os direitos reservados.
 
Desenvolvimento IDEIAMAIS - Agregando Valor