A sessão ininterrupta, que teve início às 10h, foi marcada pela
aguerrida defesa da bancada de oposição, que comprovou, com argumentos,
dados e números, que se essa reforma passar será o fim do emprego formal
em todo o Brasil.
Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, que acompanhou de
Brasília toda a movimentação, o governo quer votar de qualquer jeito
essa reforma, acelerando o fim da CLT e dos diretos da classe
trabalhadora.
Freitas reforçou que a CUT está tentando convencer os senadores a não fazerem isso.
"Estamos falado com os parlamentares da base do governo, dizendo,
inclusive, que temos uma greve marcada para o fim do mês para evitar que
essa barbárie contra os direitos aconteça", afirmou.
Para o dirigente, o mais importante a fazer agora é "ocupar as ruas, o
chão de fábrica e iniciar imediatamente a preparação para a próxima
greve".
Para Vagner, "só isso pode fazer com que os trabalhadores não percam
seus direitos". E completou: "o que está acontecendo aqui é mais uma
burla dos direitos. Se essa proposta passar vai ser o fim das férias, do
13º salário, do emprego formal e a institucionalização do bico. A
executiva da CUT está aqui para garantir que isso não aconteça.
O PLC 38/2017 ainda vai passar pelas comissões de Constituição e Justiça
e Assuntos Sociais antes de ir a plenário na votação final. *CUT |