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Os bons resultados auferidos pelos cinco maiores bancos se
devem, entre outros fatos, ao aumento do resultado de seguros, previdência e
capitalização e à elevação das receitas com tarifas e serviços, mas,
especialmente, à queda nas despesas com empréstimos e repasses, em função da
relativa valorização do real frente ao dólar, o que barateou os recursos
captados pelos bancos no exterior.
As despesas com impostos (IR e CSLL) tiveram forte impacto
negativo sobre o resultado de 2016. Todavia, isso se deve ao fato de que, em
2015, os bancos utilizaram alto montante em créditos tributários, o que elevou
os resultados obtidos no ano, o que não se repetiu em 2016, com reflexos nos
números finais, ainda que o resultado bruto da intermediação financeira e o
resultado operacional (antes, portanto, da contabilização dos impostos) tenham
se elevado substancialmente. Entre os grandes bancos, o Bradesco apresentou o maior crescimento do ativo, que teve alta de 19,8% e atingiu, aproximadamente, R$ 1,3 trilhão. Todavia, essa alta deveu-se, principalmente, à incorporação dos ativos do HSBC Brasil. O ativo do Banco do Brasil se manteve estável, com um total de R$ 1,4 trilhão, fazendo com que o banco perdesse a 1ª posição no ranking dos maiores bancos por esse critério. O Itaú Unibanco tornou-se o maior banco do país, com Ativo Total da ordem de R$ 1,426 trilhão. Uma das razões para o crescimento do ativo do Itaú foi a aquisição do banco chileno CorpBanca. Já os ativos do Santander cresceram 3,6%, chegando a R$ 701,7 milhões.
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O patrimônio líquido dos cinco maiores bancos apresentou
crescimento mais expressivo que o total de ativos, em média 8,3%, atingindo
montante de R$ 422,5 bilhões. E, mais uma vez, o maior crescimento observado
foi no Bradesco (13,0%), cujo patrimônio líquido alcançou R$ 100,0 bilhões
devido à aquisição realizada.
O saldo das carteiras de crédito dos cinco maiores bancos,
em termos nominais, caiu, em média, 3,4% no período, e chegou a R$ 2,9 trilhões.
As únicas instituições com crescimento da carteira no período foram o Bradesco
(alta de 8,6%, totalizando R$ 515 bilhões), devido à aquisição do HSBC e a
Caixa, que teve crescimento de 4,4%, totalizando R$ 709,3 bilhões na carteira
de crédito. *Contraf/CUT |