Os bancários pararam nos principais corredores financeiros
de São Paulo e na região central do Rio de Janeiro, como parte do dia nacional
de paralisações contra as reformas da Previdência e trabalhista, em discussão
no Congresso. Eles se juntam a várias categorias que participam dos protestos,
como metalúrgicos, químicos, professores, eletricitários e servidores públicos,
vinculados a diversas centrais sindicais.
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"Vamos intensificar as ações com movimentos sociais em
todo o país. As reformas da Previdência e trabalhista e a defesa dos bancos
públicos dizem respeito à toda sociedade", afirmou a secretária-geral do
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região,Ivone Maria da
Silva. A entidade informou que durante toda esta quarta-feira não vão funcionar agências
localizadas nos principais corredores da cidade e prédios
administrativos, como nas avenidas Paulista e Faria Lima, além da região
central.
No Rio, o Sindicato dos Bancários informou que mais de 60
agências bancárias estão fechadas, atingindo áreas centrais e grandes vias de
acesso da cidade, como as avenidas Rio Branco e Presidente Vergas, além da Rua
do Ouvidor e da Praça Pio X.
"Barrar essa reforma é fundamental para que outros
direitos não sejam retirados. Os bancários e bancárias estão mobilizados e com
consciência de que só a reação dos trabalhadores vai pesar sobre os
parlamentares para que a proposta seja rejeitada. Nós sabemos que entre as
ameaças está a de acabar com os bancos públicos como a Caixa e o Banco do
Brasil, que prestam serviços fundamentais para a população. Estamos
resistindo", diz a presidenta da entidade, Adriana Nalesso.
Assim como em São Paulo, os trabalhadores participarão à
tarde, a partir das 16h, de manifestação na região da Candelária, também no
centro.
Na semana passada, em congresso, a Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orientou toda a categoria a
participar do protesto convocado pelas centrais sindicais. "Vamos às ruas
mostrar que os trabalhadores e a população não vão pagar o pato. Só a luta
garante que as reformas da Previdência, trabalhista, e todas as propostas
golpistas de Temer sejam barradas e não sigam em frente", afirma o
presidente da confederação, Roberto von der Osten. *RBA |