Clique aqui e
veja a galeria de fotos da plenária final do Congresso.
"A direção nacional da Contraf-CUT convocou um Congresso
Extraordinário pressionada pela conjuntura brasileira, que mudou muito do ano
passado, para este ano. Com o golpe, que retirou a presidenta Dilma, a
sociedade brasileira e os trabalhadores perceberam, rapidamente, que este golpe
foi orquestrado, encomendado pelas elites empresariais brasileiras, justamente,
para atacar os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras”, explicou
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
Roberto von der Osten afirmou que a reforma da previdência,
a reforma trabalhista, a privatização que está em curso, de empresas públicas,
do sistema financeiro, nada disso estaria acontecendo se não tivesse ocorrido
um golpe. "O golpe foi encomendado para retirar direitos. Percebendo isso, a
partir de agosto, quando o vice-presidente golpista, Michel Temer, construiu
com seus parceiros o golpe, começamos a ver que era preciso nos reunir
novamente num congresso. No final do ano, a Direção Nacional da Contraf-CUT
apontou a construção do Congresso Extraordinário. ”
O presidente ainda completou. "Convidamos pessoas
importantes para o Congresso, trouxemos gente da academia, dirigentes de
movimento sindical, movimentos sociais, de muita importância e inteligência,
para nos ajudar a refletir. Neste plenário falamos com delegados e delegadas do
Brasil todo, com todos os sotaques do país, e ouvimos as pessoas, propusemos e
construímos um plano de lutas muito bom, que vai ajudar nossas federações e
sindicatos filiados a se organizarem, com unidade e mobilização, para barrar a
tentativa de retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Nós
construímos hoje aqui a resistência e quem resiste conquista!”
De acordo com Juvandia Moreira, vice-presidenta da
Contraf-CUT, o Congresso foi muito importante para estabelecer as ações da
categoria bancária diante de uma conjuntura tão desfavorável aos trabalhadores.
"Debatemos como fazer uma luta forte para combater os ataques
que vem do governo Temer, do Congresso Nacional e do judiciário. Definimos como
vamos para as ruas convencer a população que é preciso pressionar os deputados
e mobilizar os bancários para impedir que essas reformas sejam aprovadas.”
Juvandia reforçou que a luta é por nenhum direito a menos e
que une toda a classe trabalhadora. "A categoria bancária tem consciência
disso, quando a gente chama para a batalha os bancários e bancárias comparecem,
têm papel importantíssimo. Não é uma luta só de São Paulo, só do Rio de
Janeiro, ou só de Belo Horizonte, para fazer desarticuladamente, é de todos,
unindo os bancários a outras categorias, assim ficamos mais fortes para impedir
as reformas que retiram nossos direitos.”
Fora Temer
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
reafirma a sua posição por "Fora Temer” e contra o golpe. Reafirma também que é
preciso dar a palavra e a escolha do programa de governo ao povo brasileiro em
eleições diretas e imediatas para presidente. Diante da crise institucional
profunda e do descaso do Judiciário e do Legislativo com o golpe contra a
soberania nacional, diante dos ataques que estão sendo feitos aos direitos
sociais e trabalhistas, a Confederação aponta como alternativa uma Constituinte
que restabeleça a democracia no país e abra a via para as reformas populares
necessárias.
Principais pontos do Plano de Lutas:
Dia Nacional de Paralisação – 15 de março- NENHUM DIREITO A
MENOS! FORA TEMER!
A CONTRAF, seguindo a orientação da CUT, indica que suas
federações e sindicatos filiados participem fortemente das paralisações em todo
o Brasil, com defesa também dos bancos públicos.
1º de maio - Dia Internacional do Trabalhador - NENHUM
DIREITO A MENOS! FORA TEMER!
As mobilizações terão como eixos as lutas contra as reformas
da previdência e trabalhista e em defesa do emprego.
Organização e mobilização das federações e dos sindicatos
filiados em quatro eixos de resistência:
- Contra a Reforma da Previdência; - Contra a Reforma Trabalhista; - Em defesa dos bancos públicos; - Em defesa dos empregos frente à reestruturação e a
digitalização.
*Contraf-CUT
|