O descomissionamento ocorrido no final de janeiro
será revertido e a gratificação de caixa será mantida até 31 de maio. Quem foi
realocado no período após 1° de fevereiro vai ter a compensação dos dias que
ficou sem comissão de caixa.
Para Wagner Nascimento, o coordenador da Comissão
de Empresa, o resultado da reunião foi positivo: "De de fato,conseguimos
avançar na negociação em um tema muito importante, garantindo a remuneração dos
funcionários por quatro meses, assim como os demais funcionários em VCP. E se
banco quer chamar descomissionamento de caixa de inventando a palavra
desgratificação, isto para nós não muda o conceito do que reivindicamos e essa
reversão vai ajudar algumas centenas de caixas”. Para ele, a atenção ao
endividamento e também um retorno às demandas apresentadas são fatos positivos:
"E continuaremos a discutir este tema, acompanhando os casos pontuais”,
garantiu.
O Banco do Brasil, na reunião, também ratificou a
proposta divulgada na semana passada de não exigir jornada de 8 horas para os
funcionários que estão em VCP como escriturários ou em cargo atuais de jornada
de 6 horas.
Outra proposta apresentada pelo banco referente
as demandas apresentadas pelos sindicatos é a ampliação do programa de
readequação de endividamento para que funcionários que perderam renda com descomissionamento
ou descenso possam ajustar suas dívidas à nova realidade financeira.
Apresentação de dados
O Banco apresentou mais dados sobre o número de
funcionários em VCP como escriturário, bem como a quantidade de vagas e
realocações de caixas. A Contraf-CUT solicitou ao banco um mapa regional com o
número de funcionários em VCP realocados em descenso, ou seja, realocados em
função e salário inferiores.
Redução de quadros piora condições de
trabalho
A Contraf-CUT apresentou ao banco uma preocupação
com os locais onde houve redução no quadro de funcionário, mas teve absorção de
serviços oriundos de agências que foram desativadas. Os funcionários reclamam
que a redução na dotação das agências foi feita antes da migração dos serviços,
o que tem causado sobrecarga de trabalho e prejudicado o atendimento aos
clientes.
Foi abordado também uma preocupação com o
atendimento da Gepes que tiveram redução de funcionários e a centralização de
serviços na Gepes Brasília sem aumento no quadro.
Preocupação com adoecimento
A redução de quadros com aumento da carga de
trabalho, os descomissionamentos e redução salarial tem provocado um número
maior de afastamentos por licença saúde e vários locais. A Comissão de Empresa
solicitou ao banco relatório com o número de afastamentos com o objetivo de
discutir mais profundamente o adoecimento de bancárias e bancários e uma forma
de reduzir esse problema.
Escritórios Digitais
Foi cobrado do banco o cuidado com a ambiência e
ergonomia nos escritórios digitais. Algumas situações já foram detectadas pelo
banco, mas ainda não foram melhoradas, como por exemplo a falta de divisórias
entre as bancadas, o excessivo número de funcionários em cada sala e a demora
na chegada de materiais ergonômicos solicitados. Os sindicatos solicitaram mais
uma vez ao banco o cronograma de instalação dos escritórios digitais.
Comissionamento de gerentes
Foi cobrado uma solução para os comissionamentos
dos Gerentes de Atendimento de Fluxo nas agências Estilo. Muitos ainda não
foram nomeados porque teriam que voltar ao módulo básico da função com redução
de salário.
De acordo com Wagner Nascimento, esta situação
dos gerentes de fluxo não faz o menor sentido, uma vez que o banco criou o novo
cargo para modificar o modelo de atendimento, mas não previu a ampliação do
módulo avançado naquela função. "Em vez de criar uma solução, criou-se um
problema que prometia melhorar o atendimento, mas piora”, observou o
coordenador da Comissão de Empresa.
Radar da Gerência Média
Os sindicatos comunicaram ao banco que foram
pegos de surpresa com a divulgação do Radar da Gerência Média uma vez que havia
o compromisso do banco em apresentar o programa aos sindicatos, assim como fez
com o programa Radar do Gestor em mesa específica sobre o assunto.
Foi cobrado do BB uma mesa para a apresentação do
programa, uma vez que pode impactar em avaliação funcional e até
descomissionamento de funcionários. O banco se comprometeu a marca uma mesa
para os próximos dias.
Economus
Foi cobrado do banco, também, uma reunião para
discutir os problemas no plano de equacionamento divulgado pelo Economus, sem
negociação com as entidades sindicais. Os sindicatos denunciam que os cálculos
apresentados por aquela entidade destoam muito de outros planos de previdência,
inclusive sobre a adoção de cálculos atuariais fora do padrão.
Liberação do TAO e ascensão entre grupos
O Banco do Brasil informou que muitas vagas já
estão com problemas por falta de concorrência, dificultando o processo de
nomeações. Por este motivo, estão sendo estudadas medidas para liberar as
nomeações em vários níveis, mas que serão comunicadas antecipadamente aos
sindicatos antes da divulgação.
Negativas
Mas os representantes do banco adiantaram também
que a entidade não vai tomar nenhuma medida para adotar administrativamente os
efeitos da Súmula 372 do TST, tema que foi abordado na audiência com o
Ministério Público. Foi negado também a intenção de implantar VCP permanente
aos funcionários não realocados.
*Imprensa SindBancários com Contraf-CUT.
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