No entanto, um dos principais meios de consumo, o cartão crédito
continua nas alturas com uma taxa de 459,53% ao ano com alta de 0,26%
acima da registrada em outubro último. Na rolagem da dívida, a
taxa ao mês atingiu 15,43%. A segunda modalidade mais onerosa ao
consumidor continua sendo o cheque especial com taxa mensal de 12,56% e
313,63% ao ano, tendo sido corrigida em 0,40%. A maior elevação
do período foi constata no empréstimo pessoal junto a financeiras que
estavam cobrando 8,35% ao mês e 161,79% ao ano, um aumento de 0,95%. E o
que levou a estabilidade da taxa média foi o recuo no empréstimo
pessoal bancário de 1,28% . Neste tipo de financiamento, a taxa ao mês
passou de 4,68% para 4,62%, atingindo 71,94% ao ano. No período,
também ficou estável o juro sobre o Crédito Direito ao Consumidor (CDC)
oferecido pelos bancos para a compra de automóveis. A taxa foi mantida
como a mais baixa, de 2,32% ao mês e 31,68% ao ano. Já no comércio, o
custo do crédito alcançou 5,90% ao mês e 98,95% ao ano, ou 0,68% mais do
que em outubro. Impacto da Selic O
diretor executivo de estudos e pesquisas da Anefac, Miguel José Ribeiro
de Oliveira, prevê apenas para o começo do próximo ano uma diminuição
nas taxas como efeito do corte de 0,25 ponto percentual na Taxa Básica
de Juros, a Selic) pelo Banco Central. "Com certeza essa queda,
eventualmente, será repassada para as taxas de juros das operações de
crédito e será observada na próxima pesquisa de juros, a ser divulgada
em janeiro de 2017”, disse. Por meio de nota, ele afirmou que o
fato de o Banco Central ter efetuado essa baixa no último dia do mês
ainda não houve tempo hábil para um impacto no mercado. Para ele,
o Comitê de Política Monetária (Copom) deve decidir por novas reduções
"tendo em vista a melhora das expectativas quanto à redução da inflação
bem como na melhora fiscal”. O executivo alerta, porém, que como
permanecem os riscos de inadimplência elevada, isso pode influenciar nos
juros do mercado, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Pelos
cálculos da Anefac, de março de 2013 a novembro deste ano, a taxa Selic
aumentou 6,50 pontos percentuais, passando de 7,25% ao ano para 13,75%.
No mesmo período, a taxa média de juros para pessoa física ficou 79%
maior (elevação de 69,50 pontos percentuais) ao saltar de 87,97% para
157,47%. Empresas Duas das três linhas de
crédito utilizadas por empresas tiveram elevação. Na média, a taxa
ficou em 4,82% ao mês e 75,93% ao ano. Na modalidade Desconto de
Duplicata, houve alta de 0,61%, passando para 3,29% ao mês e 47,47% ao
ano e, na conta garantida, aumento de 0,35% ao atingir 8,5% ao mês e
166,17% ao ano. Em relação à tomada para capital de giro, a
variação foi negativa em 1,1% com a taxa de 2,67% ao mês e 37,03% ao
ano, a menor desde março deste ano. No caso dos empréstimos para
pessoas jurídicas, os juros subiram 32,35 pontos percentuais ou 74,23%
entre março de 2013 e novembro deste ano (de 43,58% para 75,93% ao ano). *Agência Brasil |