O Saúde Caixa, plano de saúde dos trabalhadores da Caixa, e seu
modelo de custeio, que consta no Acordo Coletivo, é uma conquista da
luta dos bancários da Caixa. Ele é um plano de autogestão por RH, que
utiliza o CNPJ do banco, que ainda custeia toda despesa administrativa. A
regra do modelo de custeio consta na íntegra no Acordo Coletivo.
Todo procedimento assistencial de saúde que o trabalhador usa no
plano deve ser custeado 70% pela empresa e 30% pelo conjunto dos
trabalhadores. De acordo com o coordenador da Comissão Executiva dos
Empregados da Caixa, Dionísio Reis, todos os trabalhadores pagam por
mês, uma mensalidade de 2% do salário e nos procedimentos médicos, os
trabalhadores pagam 20% de coparticipação, sendo limitado ao teto R$
2.400,00 ao ano. Ao chegar no fim do exercício anual, através do
conselho dos usuários, a Caixa expõe os relatórios para os empregados,
e caso os trabalhadores paguem mais do que 30%, a Caixa tem valores
devidos ao plano. "Isso é o que chamamos de superávit do Saúde Caixa.
Caso os trabalhadores tivessem contribuído com menos que 30% teríamos um
déficit, mas a realidade dos últimos anos é que o plano tem obtido
superávits todos estes anos. Tem acumulado um valor que a Caixa parece
não querer mais discutir. E tem mantido superávits correntes, que são um
problema que a caixa não demonstra querer evitar”, protestou.
A Caixa não estava trazendo informações aos trabalhadores há muito
tempo. Durante todo o ano de 2015 ocorreu apenas uma reunião do GT de
Saúde da Caixa. Os trabalhadores cobraram um calendário de reuniões para
2017 com reuniões mensais e a Caixa atendeu a reivindicação já marcando
datas até março de 2017.
A Contraf-CUT havia enviado um ofício, no dia 10 de novembro,
cobrando esclarecimentos da Caixa sobre o reembolso que estava suspenso,
sobre cobranças acima do teto anual de R$ 2.400,00, descontos na conta
salário dos empregados, entre outras questões. O banco aproveitou a
oportunidade para esclarecer os temas, dizendo tratar da instalação do
novo sistema do Saúde Caixa.
Em relação a Retomada Imediata de Reembolsos, os integrantes do GT de
Saúde receberam várias denúncias dos trabalhadores referente aos
procedimentos de reembolsos e que não estavam sendo reembolsados pela
Caixa.
A Caixa reconheceu que devido a instalação de um novo sistema, os
prazos que eram de 15 a 30 dias, estavam levando de 60 a 90 dias para
serem resolvidos. Segundo o banco, ao final de dezembro, por conta de
normalização das rotinas e instalação do novo sistema, volta à
normalidade os reembolsos.
Além destes pontos, os trabalhadores também reclamaram de cobranças
indevidas de débito e crédito em conta corrente ao invés na folha de
pagamento e cobranças acima do teto anual de R$ 2.400,00, entre outras
queixas. A Caixa esclareceu que os acertos vão ser normalizados todos ao
final de dezembro, devido a implantação do novo sistema.
Outras questões apresentadas pelos representantes dos empregados e
que foram discutidas foram a retomada do debate do Plano Superávit,
Revisão dos Normativos relativos ao Plano RH 043 e a Implantação do
Prontuário Eletrônico.
A Caixa apresentou balanços financeiros do plano referentes a 2015,
onde a proporção de custeio pago pela Caixa foi aproximadamente de
69,5%. Os representantes dos trabalhadores vão averiguar estes números e
trazer para ponto de pauta nas próximas reuniões que serão dia 20 de
dezembro de 2016 e 16 de janeiro de 2017. *Contraf/CUT |