É importante ressaltar que essa queda está vinculada à menor utilização,
em 2016, de créditos tributários. Em 2015, o banco havia utilizado
largamente tais créditos, fazendo com que sua despesa com IR e CSLL se
transformasse em uma receita de R$ 6,4 bilhões.
Em 2016, a Caixa também usou tal expediente, mas em escala menor. Os
créditos tributários geraram uma receita de R$ 2,6 bilhões, ou seja,
quase 60% menor do que nos primeiros nove meses de 2015.
No que diz respeito aos outros itens do resultado, a Caixa apresentou
crescimento. Na intermediação financeira, por exemplo, houve aumento de
15,7%, influenciado por ganho nas receitas de crédito em 10%, e nas
receitas de títulos e valores mobiliários em 68%.
Contribuíram também para elevar o resultado as menores despesas de
empréstimos e repasses, e a queda de 3,4% nas despesas de PDD (provisão
para devedores duvidosos).
Entretanto, o banco apresentou perdas em operações de câmbio e
operações com derivativos. Somados, estes dois itens retiraram do
resultado de intermediação financeira mais de R$ 20 bilhões nos nove
primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2015.
Menos empregados, mais agências - Em setembro de 2016,
o número de empregados da Caixa ficou em 95.056, redução de 2.608
postos de trabalho em 12 meses, sendo 631 empregos a menos apenas nos
últimos três meses. O número de agências ficou em 3.401, 10 a mais do
que em setembro de 2015.
As receitas de prestação de serviços e tarifas chegaram a R$ 16,5
bilhões, com alta de 9,1% no período. Com tais receitas a Caixa cobre
102% do total de suas despesas de pessoal, incluindo PLR.
Crédito - A carteira de crédito ampla somou R$ 699,6
bilhões em setembro de 2016, evolução de 5% em 12 meses e 1,2% no
trimestre, alcançando 22,2% de participação no total de crédito do
Sistema Financeiro Nacional, ganho de 1,4 ponto percentual em 12 meses.
O crédito imobiliário, concedido a pessoas físicas e jurídicas, cresceu
6,7% em 12 meses e 2% no trimestre, encerrando setembro de 2016 com
saldo de R$ 401,5 bilhões, o que representava 66,8% do mercado.
As carteiras que apresentaram redução foram a de crédito comercial PJ e
financiamentos rurais e agroindustriais, com queda de 4,2% e 13,2%,
respectivamente.
Inadimplência - O índice de inadimplência encerrou
setembro em 3,48%, significativamente abaixo da média de mercado de
3,73%. O crescimento no período foi fortemente influenciado por um grupo
econômico específico do setor de óleo e gás. Excluído esse efeito, a
inadimplência alcançaria 3,26% e ficaria estável em relação ao trimestre
anterior e ao terceiro trimestre de 2015.
 Digitais - A Caixa tem elevado o número de transações
em meios digitais como smartphone e internet banking (inclusive tablet),
tendo alcançado no período uma base de 4,3 milhões e 16,4 milhões de
usuários, respectivamente. A quantidade de transações realizadas nestes
canais totalizou 1,5 bilhão no acumulado até setembro de 2016, evolução
de 18,7% ante setembro de 2015. As transações via smartphone aumentaram
66,5% em 12 meses com 412 milhões de transações efetivadas. Â *SP/Bancários |