O acordo garante aporte de R$ 40 milhões mensais à Cassi até
dezembro de 2019. Os associados ativos e aposentados recolherão R$ 17
milhões, por meio de contribuição extraordinária de 1% sobre o salário
ou aposentadoria, até dezembro de 2019. Durante o mesmo período o BB
aportará R$ 23 milhões mensais, reajustados anualmente, para reembolsar
despesas com programas e unidades próprias da Cassi, obrigação que será
prevista em contrato a ser celebrado entre a Cassi e o banco.   Â
Será implantado Comitê de Auditoria e será feita a revisão de
processos com auxílio de Consultoria contratada com recursos do banco,
para melhorar os serviços de saúde, agilizar o atendimento e
racionalizar despesas visando equacionar o déficit estrutural da Cassi.
O acordo preserva todos os direitos dos associados, programas
de saúde como fornecimento de remédios e atendimento domiciliar a
doentes crônicos e garante a sustentabilidade da Cassi. A solução foi
construída em dois anos de negociação. As entidades do funcionalismo
rechaçaram a proposta inicial do banco, que jogava nas costas dos
associados a cobertura do déficit e quebrava a solidariedade que sempre
foi a maior força da Cassi. Depois de muita pressão o banco admitiu que
precisa arcar com seus compromissos com a Cassi e fazer os aportes
negociados.
Confira aqui como votar
Votação atropelada pode comprometer aprovação
 A Contraf considera que é preciso mais tempo para debater e
esclarecer a proposta junto aos associados, para que todos saibam que
estão aprovando ao mesmo tempo a contribuição adicional e extraordinária
de 1% e os aportes do banco. Até mesmo a pergunta feita na tela de
votação não esclarece totalmente as duas partes da proposta. A falta de
clareza pode comprometer a aprovação da proposta. Apesar de alertado, o
banco não aceitou dar mais tempo para esclarecimentos. Â Â
Contraf defende aprovação porque Cassi precisa dos novos recursos para manter o Plano de AssociadosÂ
Desde a última alteração estatutária em 2007 até 2015, as despesas
cresceram mais que as receitas. As despesas obedecem às condições do
mercado de saúde e as receitas, aos salários e aposentadorias. As
despesas com o atendimento à saúde aumentaram muito mais que as
receitas, conforme mostram as tabelas 1 e 2. O índice VCMH, que mede o
aumento das despesas com consultas, exames, internação, terapias no
Brasil, cresceu 203,8% no período, enquanto as despesas da Cassi
cresceram bem menos, 147,6%, e as receitas de contribuições, 84,9%. *Contraf/CUT |