A categoria
também obteve outros avanços, como a criação de um Centro de Realocação e
Requalificação Profissional nos bancos, com o objetivo de proteger o emprego e
evitar as demissões. Abono total dos dias parados de greve, ampliação da
licença paternidade de 5 para 20 dias, manutenção do vale-cultura, de acordo
com a lei federal, além do modelo de correção bianual também para a
Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
As
entidades sindicais ainda assinaram, no mesmo local, os acordos aditivos
específicos com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Com a assinatura
da CCT e dos Acordos Específicos, os bancos têm até 10 dias para creditar a
antecipação da PLR e o abono de R$ 3,5 mil. Na Caixa, os valores serão pagos
até o dia 20 de outubro.
Em breve, a
CCT e os Acordos Aditivos estarão publicados no nosso site, na seção Acordos e Convenções.
Roberto von
der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional
dos Bancários avalia que a categoria sai fortalecida desta campanha, uma das
mais difíceis dos últimos anos, diante da conjuntura econômica e política do
país.
"Foram 31
dias de luta e de muita força numa greve histórica. Os bancários e bancárias da
base se aproximaram da campanha. Sentiram confiança que estavam bem
representados e isto estimulou e redobrou a coragem dos dirigentes sindicais. É
bem verdade que não conseguimos a reposição de inflação, mas conseguimos algo
muito maior, a oportunidade de politização e o respeito da categoria que
representamos. Se o acordo não é o dos nossos sonhos, está longe também de ser
a derrota que os banqueiros desejavam nos impor”. "A
força da greve e os acertos na tática utilizada pelo Comando Nacional dos
Bancários não permitiram que os bancos nos derrotassem. Mesmo numa conjuntura
desfavorável, pós-golpe e onde o compromisso dos bancos é com o ajuste fiscal
do governo”, destaca o diretor da Fetrafi-RS e membro do Comando Nacional,
Juberlei Bacelo. *Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS |