Diante do crescimento da greve, o Comando Nacional dos
Bancários decidiu se reunir na próxima segunda-feira, 26/9, em São Paulo, na
sede da Contraf-CUT, a partir das 14h. Os dirigentes sindicais vão avaliar as paralisações
e mobilizações da maior greve da história da categoria e definir os próximos
passos a serem seguidos.
A pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no dia 9
de agosto, mas a Fenaban não apresentou proposta decente, que contemple as
reivindicações dos trabalhadores. Já foram oito rodadas de negociação sem
sucesso. Mesmo após recordes diários de agências e locais de trabalho
paralisados, os bancos insistem em se manter em silêncio, diante das demandas
dos bancários, preferindo o uso de práticas antissindicais para tentar
desestruturar o movimento grevista.
Na área de abrangência do SindBancários, o dia foi de se
integrar à agenda do Dia Nacional de Lutas e Paralisações, chamado pelas
Centrais Sindicais. Além do Dia Nacional de Lutas, que teve caminhadas pela
cidade, e manifestação em frente ao Palácio Piratini, os bancários
atuaram no sentido de resistir aos ataques dos bancos à greve e ampliando
a mobilização, com conversas de convencimento de colegas que ainda não
participaram do movimento.
O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, exaltou a
participação dos bancários, o crescimento da greve e a falta de diálogo dos
bancos. "Se a problemas nas agências, com filas excessivas e com as pessoas
enfrentando dificuldades para realizar operações bancárias, a culpa é dos
bancos. Estamos dispostos a dialogar, conversar na mesa de negociação. Mas não
podemos aceitar uma proposta que não corrija nem a inflação do período”,
explicou Gimenis.
A última proposta da Fenaban foi de reajuste de 7% no piso e
verbas salariais (vales e auxílios) e abono de R$ 3.300,00. Os bancários
rejeitaram esta proposta na mesa de 12/9. Depois disso, não houve mais nenhuma
sinalização de disposição para negociar por parte da Fenbaban."A tática
dos bancos este ano é acabar com a cultura de aumentos reais que conquistamos
com 13 greves consecutivas desde 2003. Por isso eles estão apostando no
enfraquecimento da greve. A aposta deles está dando errado, porque a greve
cresce todos os dias”, acrescentou Gimenis.
Agenda de mobilização da greve
Sexta-feira, 23/9
8h30: Panfleteação de carta aberta à população com a
participação dos Bankemon e piquetes móveis.
Meio-dia: Almoço Coletivo dos Bancários na Casa dos
Bancários (General Câmara, 424, Centro Histórico de Porto Alegre).
Segunda-feira, 26/9
8h30: Saída dos Piquetes Móveis de fortalecimento da
greve da Casa dos Bancários (General Câmara, 424, Centro Histórico de
Porto Alegre).
11h: Ato de Repúdio à OAB-RS.
14h: Assembleia de Organização da greve na Casa dos Bancários
(General Câmara, 424, Centro Histórico de Porto Alegre).
 *Imprensa/SindBancários Fotos: Anselmo Cunha |