A pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no dia 9
de agosto, mas a Fenaban não apresentou proposta decente, que contemple as
reivindicações dos trabalhadores. Já foram oito rodadas de negociação sem
sucesso. Mesmo após recordes diários de agências e locais de trabalho
paralisados, os bancos insistem em se manter em silêncio, diante das demandas
dos bancários, preferindo o uso de práticas antissindicais para tentar
desestruturar o movimento grevista.
O Comando Nacional dos Bancários salienta que está aberto
anegociações, mas até agora a Fenaban não marcou novas reuniões.
"Construímos todos juntos a maior greve em número de locais
parados, mas os banqueiros continuam intransigentes em relação a repor as
nossas perdas. Pior do que isso, voltaram a usar sua parceria judicial em ações
de Interdito Proibitório. Perguntamos? Por que neste ano resolveram reduzir os
nossos salários? A quem interessa isso, além de alimentar sua ganância por
redução de gastos com pessoal para lucrar mais? As respostas para isso talvez
estejam fora das nossas mesas de negociação e isso não vamos admitir”, afirma
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do
Comando Nacional dos Bancários.
Roberto von der Osten também destaca a importância do
fortalecimento da greve em todos os locais de trabalho. "Pedimos que nossos
companheiros e companheiras intensifiquem a greve, que continua crescendo, e
não sejam iludidos pelos aliados dos banqueiros que estão espalhando boatos
para nos dividir. Vamos ficar juntos. Manter a unidade nacional. Só a luta te
garante!”.
*Contraf-CUT |