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Senador da República faz duras críticas ao sistema político brasileiro
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Política | 25/08/2016 | 12:08:40
Senador da República faz duras críticas ao sistema político brasileiro
Roberto Requião destaca a importância de um novo projeto para o País
 
 

O sistema político brasileiro rigorosamente apodreceu’. Com esta afirmação o senador da República, Roberto Requião, iniciou sua participação no painel sobre Conjuntura, promovido pela Fetrafi-RS, no 24º Encontro Nacional dos Banrisulenses, no último sábado (20). A Fetrafi-RS publica esta matéria em um momento crítico para o país: no dia em que o desfecho final do golpe orquestrado pelas elites do País se anuncia, com o julgamento do impeachment da presidente Dilma no Senado Federal. Mais do que nunca a resistência dos bancários e da classe trabalhadora torna-se essencial.


Para o senador, dentro do quadro geral que culmina com o golpe, falta o instrumento básico de reação, que é o projeto nacional. Para Requião, os governos democráticos e populares promoveram momentos de sensibilidade e ascensão social, mas falharam na definição de um planejamento global para inserção definitiva do país no rumo do desenvolvimento.

"Mais do que falar sobre o quê está acontecendo, mais do que uma análise de conjuntura, mais do que espinafrar o governo interino por causa dos retrocessos sociais e trabalhistas que patrocina - ou por causa do entreguismo que o distingue - mais do que denunciar o golpe e as tristes figuras que o protagonizam, eu quero convidá-los a dar um passo à frente. O passo à frente é pensar, debater e formular um programa para o Brasil. Seja qualquer qual for o desfecho do processo de impeachment, uma coisa é certa: sem uma ideia clara do que queremos não vamos a lugar algum, mesmo que o golpe seja derrotado e a presidenta Dilma volte ao Palácio do Planalto”, analisou.

O senador destacou que o movimento sindical, pressionado pela agenda de ataques aos direitos trabalhistas, tenta se ocupar com os temas que imediatamente atingem os trabalhadores. "Se não houver uma fusão entre a luta sindical em defesa da Consolidação das Leis do Trabalho e dos direitos e garantias sociais, com a luta nacional por um projeto de desenvolvimento, de nada servirão os nossos esforços”, afirmou.

Requião salientou que no momento atual se fortalece a mais perniciosa das associações: o conluio entre os rentistas, a burguesia agroexportadora e os interesses geopolíticos do capitalismo imperial. "Esta tríplice aliança, acorrenta o Brasil à dependência, ao atraso e à pobreza. Há uma relação umbilical entre o desmonte do estado social, que a Constituição de 1988 pretendeu estabelecer e o alinhamento do governo interino ao neoliberalismo, hoje escorraçado do mundo inteiro. O neoliberalismo faliu na Europa, a Espanha quebrou, a Grécia está em desgraça, a Itália em dificuldade e Portugal falido. Esse modelo moribundo pede asilo no Brasil e os políticos fisiológicos, os donos da banca, defensores do grande capital, oferecem esse asilo em detrimento do trabalho e da população”.

Erros que se repetem

"As nossas seguidas derrotas ao longo do século passado e que se reproduzem nesse, podem ser explicadas pela dissociação das lutas reivindicatórias das lutas econômicas, por direitos individuais e coletivos, da batalha pela construção do Brasil Nação. Não há saída para defesa da CLT, da Previdência, do SUS, da educação pública, da recomposição do salário mínimo, do emprego, do Pré-Sal, se não reinventarmos o Brasil, construindo um projeto de desenvolvimento nacional, soberano, democrático e acima de tudo popular”, propôs o senador.

Formação Histórica

Para Requião, o Brasil tem o maior povo do mundo moderno. No entanto, a história do País registra um grande fracasso. "Este nosso povo, essa imensa maioria não assumiu até hoje o controle da nação. Ao longo da nossa existência fomos governados por uma elite, que nunca se identificou com o nosso povo, que nunca se sentiu nacional e nunca se sentiu brasileira. O desafio da nossa luta é desalojar do comando uma elite que não tem mais nada a oferecer ao país senão a exploração e a manutenção dos seus próprios privilégios”.

Desafio Atual

O senador enfatizou que desde sua origem, o País se organizou para servir ao mercado mundial e agora terá que se organizar para servir a si mesmo. "O Brasil de poucos deverá ser o Brasil de todos. Se formos incapazes de dar este salto, nossa existência como nação soberana e organizada estará em perigo. Não há lugar na história para povos que abram mão de comandar o seu próprio destino”, afirmou o senador da República.

*Marisane Pereira - Mtb/RS9519
Comunicação/Fetrafi-RS
Fotos: Nicholas Aguirre

 
 
 
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