A mesa de abertura da Oficina contou com a participação dos
secretários da Contraf-CUT, Walcir Previtalle (Saúde) e Carlos de Souza
(Geral), do diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e da
Contraf-CUT, Mauro Salles Machado e da diretora de Saúde e Condições de
Trabalho da Fetec/SP, Rosangela de Farias Silva Lorenzetti.
De acordo com o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Walcir
Previtalle, a realização desta oficina nasceu de uma ideia coletiva com a
finalidade de dialogar em cima de propostas objetivas, que possam definir a
estratégia de atuação da categoria. "O grande desafio é avançar no debate do
ramo financeiro para ampliar a representação. Diante do atual cenário político,
o momento é desafiador. Temos que refletir e discutir propostas que vão além da
minuta e da CCT e que definam a nossa estratégia de atuação e que atenda os
anseios de toda a categoria”, explicou.
Para o secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, a
conjuntura nacional estará presente em nossa discussão. Portanto, o debate
durante a oficina não estará desassociado da atual conjuntura. E neste momento,
não existe nenhuma forma de garantia de direitos e de avanços nas conquistas
que não seja através da unidade da categoria. "A palavra agora é ousadia. É um
momento de tensão, um momento difícil e por isso temos que ousar e ampliar o
diálogo. Não apenas para realizarmos uma grande campanha, mas também para
construirmos um projeto estratégico que possa melhorar a saúde do trabalhador e
das famílias brasileiras. Estamos vivenciando um momento perigoso, por isso
temos que ter resistência”.
No primeiro dia de oficina, os dirigentes sindicais
discutiram os principais eixos na área da saúde do trabalhador. Entre eles,
destacam-se maior participação dos trabalhadores na campanha nacional, fazer
valer a efetividade das normas, além de estabelecer limites para o poder do
empregador, onde os bancários possam trabalhar num local de trabalho mais
saudável e avançar em seus direitos.
Segundo Mauro Salles Machado, neste ano, várias conquistas
trabalhistas estão em risco. "O grande desafio será a unidade do movimento
sindical. Atualizar a nossa pauta é de extrema importância e a saúde é
prioridade. O maior desafio vai ser garantir as conquistas da categoria e ao
mesmo tempo fazer com que os bancários compreendam que somente a campanha
salarial corporativa não vai resolver avanços na atual conjuntura, com uma
política econômica recessiva”, afirmou Mauro.
"O que se desenha para a próxima campanha nacional é um
cenário difícil. Com o atual modelo político teremos dificuldades em
avançarmos, por isso temos que repensar as nossas estratégias. Parabenizo a
realização desta oficina para refletirmos sobre as nossas principais
reivindicações”, disse a diretora da Fetec/SP, Rosangela de Farias.
Para Leonor Souza, assessora jurídica de Saúde da
Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, o empregador brasileiro
está acostumado com o regime escravagista, onde o trabalhador não tem direito a
nada e a sua saúde é do empregador, pois é ele quem gerencia. "Temos conquistas
importantes, mas não temos conseguido dar efetividade nestas conquistas e
algumas delas se voltam contra os trabalhadores. Precisamos trabalhar juntos
para construir algo mais palpável e que vai além das negociações, que interfira
na realidade do trabalho, na ação concreta na área da saúde”, ressaltou. *Contraf/CUT
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