O Ministério do Trabalho e Previdência Social agendou para o
próximo dia 17 a nova reunião do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego,
Trabalho e Renda e Previdência Social, que reúne representantes dos mais
diversos setores, entre centrais sindicais, empresariado e movimentos sociais.
A intenção deste segundo encontro, que será realizado dois meses depois da
instalação do fórum, é passar aos integrantes uma resposta, conforme foi
prometido pela presidenta Dilma Rousseff, sobre os sete itens listados pelo
grupo e entregues ao Executivo como sugestões que podem ajudar o país a sair da
crise e propiciar mais crescimento e renda.
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Durante a entrega do documento, Dilma não garantiu acolher
exatamente as sugestões da forma como foram apresentadas, mas encarregou o
ministro da pasta, Miguel Rossetto, de organizar um grupo técnico para estudar
todas as propostas e, se não for possível utilizá-las, ver formas alternativas
de ajudar estes setores. Segundo informações de técnicos próximos a Rossetto, a
equipe está perto de fechar um documento com o retorno a ser dado ao fórum.
Fazem parte desta pauta pedidos feitos pelos mais diversos
segmentos sobre retomada do investimento público e privado em infraestrutura
produtiva de forma rápida (tanto na área social como urbana); ações do governo
que levem à retomada e ampliação de investimentos no setor de energia, como
petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial na Petrobras. E,
também, opções que ajudem a destravar o setor de construção, criação de
condições para o aumento da produção e das exportações da indústria de
transformação e políticas de incentivo e sustentabilidade do setor produtivo
(como agricultura, indústria, comércio e serviços), dentre outros pontos.
Não se sabe quais destes itens terão propostas ou
alternativas ao que foi sugerido ao Executivo, mas a expectativa é de o Fórum
receber uma resposta na próxima semana, após o carnaval. Ainda não se sabe se
um outro tema, a reforma da Previdência Social, será incluído na mesma pauta da
reunião.
Essa reforma é considerada polêmica e tem sido recebida com
queixas por parte de representantes de centrais sindicais, que consideram que
não é o melhor momento para alteração nas regras previdenciárias do país. Mas
Dilma tocou no assunto durante a abertura dos trabalhos do Legislativo e
prometeu que, antes do encaminhamento de qualquer proposta do governo ao
Congresso a respeito do assunto, ele será discutido pelo Fórum.
"O Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e
Renda e Previdência Social apresentou pontos para a retomada do crescimento que
foram discutidos entre todas as suas entidades signatárias”, explicou o diretor
do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
Clemente Ganz Lúcio.
O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, que no último
encontro destacou como positiva a formação do grupo, reiterou a expectativa
com a próxima reunião. De acordo com ele, embora existam temas que dividam
esses setores, existem entre eles "muitas convergências”. "Nossa preocupação
com 2016 é grande, e nossa intenção é ajudar a fazer algo para melhorar esse
quadro”, disse Nobre. *Rede Brasil Atual
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