Para obter mais informações e acertar uma parceria com o Banco, o presidente do Sindicato, Everton Gimenis, juntamente com o escritor e oficineiro Alcy Cheuiche, se reuniram na manhã de segunda-feira, 18/01, com o gerente regional de Gestão de Pessoas do banco, Paulo Sergio Vignoto, e com Michele Cardoso, da Superintendência de Negócio de Varejo e Governo do BB no estado.

Conforme Cheuiche, o número ideal de participantes é de 30 pessoas, divididos em duas turmas, entre os meses de março e outubro. “Cada aluno vai escrever uma média de 30 contos, de onde iremos selecionar para o livro os dois ou três melhores, depois de muito trabalho, debate e aperfeiçoamento”, explica o escritor. Segundo ele, a oficina é voltada a todos e todas que têm talento ou vontade de escrever, mas nunca desenvolveram este dom: “Fazendo um paralelo com aprender a tocar um instrumento, eu costumo dizer que aqui na oficina os alunos aprendem a tocar por música…”.

“Esta será a nona oficina literária que realizamos através do Sindicato”, diz Gimenis. “É claro que damos prioridade aos bancários sindicalizados, mas também podem participar pessoas de outras categorias, interessadas em aperfeiçoar ou desenvolver seus dotes literários. A cultura sempre fez parte importante do nosso trabalho, como mostra a nossa Casa do Bancário, que é um espaço cultural significativo em Porto Alegre”, complementa.

O presidente do Sindicato recorda que esta nova oficina literária, como as anteriores, terá lançamento durante a Feira do Livro de Porto Alegre, no mês de novembro. “Além disso, possivelmente vamos lançar uma edição bilíngue, em português e espanhol, com lançamento em alguma país da America Latina, como fizemos em anos anteriores”, acrescenta Gimenis.

Sobre a participação de funcionários do Banco do Brasil no movimento sindical, Gimenis lembra que o atual prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, assim como Milton Mottini, foram presidentes do SindBancários, entre outros militantes políticos, como Paulo de Tarso Carneiro e José Luiz Carneiro da Cruz.

Alcy Cheuiche destaca a importância do contexto econômico e político da época para a reconstituição dos fatos que darão origem ao livro. “O Banco do Brasil foi criado em 12 de outubro de 1808, por decreto de Dom João VI. Mais de cem anos depois, no início do século XX, o governo resolveu instalar uma sucursal do Banco do Brasil, que já existia em nove estados da federação, também no Rio Grande do Sul”, conta o romancista. “Isso porque em 1916, quando o BB abriu sua sede regional aqui, estávamos em plena I Guerra Mundial, e o nosso estado, com sua produção agropastoril, vivia um momento de riqueza, exportando produtos para o mundo todo, assim como o Uruguai e a Argentina”, complementa Cheuiche.

Bancários sindicalizados vão desembolsar R$ 200,00 para participar das aulas e atividades da oficina e do livro, a ser lançado no fim do ano. Bancários não sindicalizados e outras pessoas também podem participar, ao custo de R$ 300,00. As aulas ocorrem na sede do SindBancários (Rua General Câmara, 424, Centro Histórico de Porto Alegre), com desconto para estacionamento próximo à Casa do Bancário.