Impostos | 22/01/2015 | 12:01:50
Fetrafi-RS critica novo aumento da taxa Selic
Copom decidiu elevar a taxa em 0,5%, de 11,5% para 12,25% ao ano
 
 

Após o governo anunciar o aumento de tributos sobre combustíveis, importados e operações de crédito, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar em 0,5% também a taxa Selic, agora para 12,25% ao ano.  A Fetrafi-RS lamenta e critica a decisão do Copom ao maior patamar em três anos e meio, sendo a terceira consecutiva desde a reeleição presidencial, e apenas dois dias depois que o FMI reduziu a previsão de crescimento do PIB brasileiro para minúsculo 0,3% este ano.


 

De acordo com o coordenador de Política Sindical da Fetrafi-RS, Juberlei Bacelo, essa sequência de medidas penalizam os trabalhadores e os setores mais pobres da população. "O novo aumento da taxa básica de juros acelera a marcha rumo a uma recessão econômica no Brasil, com trágicas consequências para os direitos, a renda e o emprego dos trabalhadores”.

A Fetrafi-RS, assim como a Contraf-CUT, apontam as medidas como uma rendição ao mercado financeiro, que aumentará a concentração da riqueza no País, contradizendo as políticas econômicas dos últimos governos e os compromissos de campanha da presidenta Dilma Rousseff.

Entre elas, estão as Medidas Provisórias 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, ao seguro-defeso, à pensão por morte, ao auxílio-doença e ao auxílio-reclusão; o aumento das tarifas da energia elétrica; a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), do PIS-Cofins sobre combustíveis e produtos importados e retorno da Cide; majoração das taxas de empréstimos para pessoas físicas e da taxa de juros para financiamento da casa própria; e veto à correção da tabela do Imposto de Renda.

Com essas medidas, o governo espera aumentar a arrecadação em cerca de R$ 40 bilhões, que serão retirados dos trabalhadores e das camadas mais pobres. Simultaneamente, com 1,5 ponto percentual de elevação da Selic somente após a reeleição de Dilma, o Tesouro repassa aos rentistas detentores dos títulos da dívida pública algo próximo de R$ 14 bilhões ao ano.

* Comunicação Fetrafi-RS, com informações da Contraf-CUT