Novas estimativas mostram que, em toda a França, cerca de 3,7 milhões de pessoas participaram da marcha. Franceses de todas as idades e de diferentes credos e ideologias saíram às ruas não só para manifestar solidariedade aos que morreram nos ataques terroristas que chocaram o país, mas também para protestar contra o terrorismo e relembrar os valores da República: liberdade, igualdade e fraternidade.Â
O camaronês Mbbakopyaya Seidou, que participou da manifestação desde o início da tarde, disse que não só os franceses estão preocupados e consternados. “Estamos todos unidos. Não é um problema da França, é um problema nosso, do mundo”, enfatizou ele.
Arianne Joseph – que vive na França, mas nasceu na Síria – disse que venceu o medo em nome da solidariedade. “É verdade que eu estava com muito medo de sair de casa. Achei que seria perigoso, mas então eu pensei que eu deveria vir, que nós temos que estar juntos, que apoiar uns aos outros”.
A marcha contra o terrorismo contou com a participação de chefes de Estado, que estiveram 20 minutos na linha de frente da manifestação. O presidente francês, François Hollande, liderou a marcha e esteve acompanhado por diversos líderes, como o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Â Hollande, segundo a agência France-Presse, cumprimentou, durante a marcha, as famílias das vítimas dos atentados desta semana.
Desde quarta-feira, 7, registaram-se três incidentes violentos na capital francesa, incluindo um sequestro, que, no total, fizeram 20 mortos. Os incidentes começaram com o ataque ao jornal Charlie Hebdo. Kouachi Sharif, de 32 anos, e o seu irmão mataram 12 pessoas, incluindo dois policiais na quarta-feira, durante o ataque ao semanário. Eles fugiram por dois dias e depois foram encontrados nos arredores da capital francesa, acabando mortos em um tiroteio com a polícia.
fonte: Agência Brasil |