Movimento Sindical | 13/07/2020 | 18:07:58
Empregados(as) do Bradesco do RS definem extensa pauta de reivindicações para Encontro Nacional
Em videoconferência realizada nesta segunda-feira, participantes falaram sobre problemas de saúde, segurança e sobrecarga de trabalho
 
 
Encerrando o ciclo de encontros estaduais por bancos no Rio Grande do Sul, os empregados e as empregadas do Bradesco se reuniram nesta segunda-feira, 13 de julho, por videoconferência, para debater a sua pauta de reivindicações específicas. Também foram definidos os nomes dos seis representantes do estado no Encontro Nacional, que ocorre nesta terça-feira, 14.
Antes do início do debate, o diretor de Comunicação da Fetrafi-RS e representante do Rio Grande do Sul nas negociações do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban, Juberlei Bacelo, fez uma explanação sobre as perspectivas para a Campanha Nacional 2020. Ele destacou o grande número de agências bancárias fechadas desde março (incluindo todos os bancos). "Tivemos mais de 300 agências fechadas só no período da pandemia (do novo coronavírus). Os bancos estão se aproveitando da situação para antecipar a digitalização e o home office”, ressaltou. 

Segundo ele, a campanha deste ano vai defender a preservação dos direitos, com a manutenção da convenção coletiva de toda a categoria. E a comunicação deve ter mais importância do que nunca. "Devemos buscar novas formas de comunicação para falar com os bancários que estão em home office. Essa campanha só se resolve positivamente se tiver a participação de toda a categoria”, enfatizou Bacelo.

Reivindicações

A minuta de reivindicações específicas dos empregados e das empregadas do Bradesco inclui questões sobre emprego, assédio moral e metas, plano de carreira, plano de saúde, segurança, auxílio educacional, remuneração e diversos outros pontos, para garantir melhores condições de trabalho aos bancários e bancárias, durante e após a pandemia.


De acordo com o representante da Fetrafi-RS na COE Bradesco, Sandro Cheiran, que conduziu a reunião, as negociações com o Banco têm sido bastante difíceis e a cobrança dos sindicatos para o cumprimento de acordos é constante. "O banco não vinha cumprindo o protocolo para as agências com casos identificados de Covi-19. Algumas agências ignoravam a contaminação, tivemos que intervir para que fossem fechadas e sanitizadas”, exemplificou.

Por isso, Cheiran destacou a importância da fiscalização constante do movimento sindical. "O Sindicato precisa estar presente, cobrar que as agências com caso de Covid-19 fechem e mandem seus funcionários para casa (em quarentena)”, ressaltou. 

A preocupação com a manutenção do emprego e a contratação de funcionários foi outro dos pontos de destaque durante o encontro. Em diversos municípios do estado, segundo delegados e delegadas, faltam funcionários para rodízio e não há nenhuma segurança nas agências. Esse fato somado à intensa cobrança de metas vem causando o adoecimento psíquico da categoria.

Cheiran explicou que já foi solicitada a suspensão das metas no período da pandemia, mas o banco descartou essa possibilidade. Entretanto, é preciso continuar lutando para acabar com o assédio moral sobre os trabalhadores e a sobrecarga de trabalho.