Saúde | 23/03/2020 | 11:03:38
Caixa fechará agências para o atendimento ao público
Somente os serviços essenciais à sobrevivência dos clientes e usuários serão mantidos
 
 
A Caixa Econômica Federal anunciou no domingo, 22/3, que, a partir desta segunda-feira, 23/3, em decorrência da escalada da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19) no país, fechará suas portas para o atendimento ao público e vai focar sua atuação no pleno funcionamento da sala de autoatendimento, com abastecimento de numerário e processamento de depósitos.
O atendimento presencial no interior das agências será somente para saque de INSS/seguro desemprego/seguro defeso/abono salarial/FGTS para quem não possui cartão e senha, ou tenham que efetuar o desbloqueio de cartão e senha da conta.

As agências iniciarão o expediente com uma hora de antecedência para atender os clientes do grupo de risco que precisem realizar os serviços necessários à sobrevivência da população, considerados essenciais conforme previsão do decreto 10.282/2020.

A decisão vai ao encontro de Decreto Municipal emitido em Porto Alegre, na sexta-feira, 20/3, dois dias após envio de ofício à prefeitura da Capital pelo SindBancários.

Pedido do movimento sindical

Na sexta-feira, 20/3, o Comando Nacional dos Bancários havia mandado um ofício ao banco reivindicando medidas que acabassem com as aglomerações, a fim de resguardar a segurança e a saúde dos empregados, clientes e usuários.

"O banco tomou a decisão correta. Neste momento, é preciso resguardar a saúde dos empregados, clientes e de todo o público que utiliza os serviços da Caixa”, avaliou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comado Nacional dos Bancários. "Vamos cobrar dos demais bancos a mesma medida”, completou.

O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reúnem por videoconferência, na manhã de segunda-feira, 23/3, para tratar sobre as atividades da categoria nos estabelecimentos bancários e as medidas a serem tomadas diante da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19).

"A gente vem cobrando a direção da Caixa desde os primeiros casos da doença confirmados no Brasil. Na semana passada o banco anunciou os primeiros protocolos de atendimento e, junto os funcionários viemos tentando adequá-los às necessidades da população”, informou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis.

"E imprescindível que somente a população com extrema necessidade de atendimento tenha acesso à agência. Por isso, não é necessário que fiquem os empregados e 70% serão liberados para o home office, mesmo sem que tenha qualquer tipo de atestado. Os gestores precisam ter bom-senso neste momento”, completou o coordenado da CEE/Caixa, acrescentando que a cobrança de metas, que estavam sendo feita até quinta-feira (19), também foi dispensada.

Home office

Em seu anúncio o banco informou que 70% dos empregados de agências serão liberados para trabalharem home office. O banco vai disponibilizar um sistema para permitir que os empregados realizem o atendimento via WhatsApp das demais atividades operacionais das agências.

Entre estes estão todas gestantes e lactantes, adultos com mais de 60 anos, portadores de doenças cardiovasculares, como hipertensão; diabetes; tratamento de câncer e pessoas com deficiência ficarão em casa.

Os 30% dos empregados restantes trabalharão em regime de escala semanal. Cabendo ao gerente geral, juntamente com os empregados, a definição.

Medidas de segurança

O banco informou ainda que fez uma aquisição emergencial de álcool gel para as agências que não estão conseguindo adquirir o produto localmente e que antecipará a campanha de vacinação contra gripe de julho para o início de abril.

Fonte: Contraf-CUT, com edição de Imprensa SindBancários