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Houve distribuição do novo panfleto das centrais que traz as fotos de 20 deputados federais do Rio Grande do Sul que são a favor da reforma ou a apoiam em parte ou ainda estão em cima do muro. "Essa reforma é uma laranja podre. Só é boa para os patrões e os bancos”, alerta o material que está sendo entregue nas bases eleitorais desses parlamentares, pressionando-os para que votem contra essa proposta desumana, cruel e perversa.
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Os panfletos foram bem recebidos pelos passageiros e pelos trabalhadores das empresas aéreas. O deputado Henrique Fontana (PT), que é contra essa reforma, foi um dos que embarcou para Brasília e elogiou a iniciativa das centrais.   "Estamos do lado certo da história”O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, destacou a boa aceitação dos panfletos pela população que estava embarcando. "Temos certeza de que estamos do lado certo da história e esclarecemos a gravidade dessa reforma, que retarda a aposentadoria e reduz valores dos benefícios. Isso não resolve o problema do Brasil”.
Ele defendeu medidas como o combate à sonegação e o fim das renúncias fiscais, salientando também que "o problema do Brasil está nos juros e na injusta estrutura tributária, mas isso eles não querem mexer”. Â
A presidente do CPERS Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, destacou que a proposta do governo deve ser rejeitada por inteiro. "Não tem emenda essa reforma: ter que ser retirada do Congresso ou derrotada. Todos serão atingidos, como nós, os professores, as mulheres, assim como os nossos alunos. Nós queremos um futuro digno e não uma semiescravatura se passar a reforma da Previdência", denunciou. Â
O secretário-geral adjunto da CUT-RS, Amarildo Cenci, ressaltou o calendário de mobilização das centrais, que prevê a realização de um dia nacional de luta contra a reforma da Previdência no próximo dia 12 de julho. Além de manifestações nos estados, haverá um ato em Brasília, durante o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Amarildo enfatizou também a entrega ao Congresso Nacional dos abaixo-assinados contra a reforma da Previdência, no dia 13 de agosto, quando acontece a Marcha das Margaridas, em Brasília. "Essa reforma não dará oportunidade para as pessoas se aposentarem e muitas irão morrer trabalhando”, disse frisando que "o sistema financeiro está à espreita para pegar toda essa grana para os planos privados de previdência”.
No final, os dirigentes sindicais fizeram uma caminhada pelos corredores do Aeroporto até a porta de acesso ao desembarque, gritando a palavra de ordem "ô, Bolsonaro, eu vou te dizer: eu não vou trabalhar até morrer”. Aparato descabido de segurançaOs sindicalistas criticaram o forte aparato de segurança da Brigada Militar, a exemplo da estrutura montada para reprimir e perseguir trabalhadores e estudantes nas garagens de ônibus na madrugada da greve geral de 14 de junho na capital gaúcha. Além de diversas viaturas, havia policiais em cada porta de acesso e outros se movimentando dentro do Aeroporto. Ônibus com uma tropa de choque estava parado nas imediações.
"Utilizaram o policiamento reforçado em Porto Alegre durante os jogos da Copa América para tentar intimidar o movimento sindical. Eles possuem armas, cavalos, bombas de gás e controlam a mídia tradicional, que não permite fazer qualquer contraponto à reforma da Previdência, mas não irão barrar a nossa luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, da liberdade do ex-presidente Lula, da democracia e da soberania nacional”, concluiu o presidente da CUT-RS. Â
Fonte: CUT-RS
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