A conjuntura política, o desmonte dos bancos públicos e o impacto da reforma trabalhista no cotidiano dos bancários foram alguns dos temas debatidos em assembleias realizadas nos dias 5 e 6 de fevereiro em Erechim, no norte gaúcho. Em três encontros distintos, os dirigentes sindicais conversaram com os trabalhadores da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banrisul. |
No BB, por exemplo, a reestruturação do banco foi amplamente
debatida. Os bancários reclamaram que a nova política tem provocado o fechamento
de agências e a extinção de comissões. "Não
tem mais nenhum respeito ao contrato de trabalho e às pessoas”, destacou o
diretor da Fetrafi-RS, Luis Carlos Barbosa, que esteve presente nas assembleias.
Na discussão sobre a Caixa, os debates focaram as consequências dos ataques ao
banco estatal. A tentativa de promover mudança no estatuto do banco, a falta de
concurso e o PDV foram os principais temas abordados. O representante gaúcho dos
empregados da Caixa, Gilmar Aguirre, participou do encontro. Na assembleia com
os bancários do Banrisul, o assunto foi a venda das ações do banco e a
possibilidade de venda da estatal, uma vez que o governo Sartori pode
colocar na mesa de negociações após a aprovação do regime de
recuperação fiscal.
As três assembleias foram realizadas na sede do sindicato
dos Bancários de Erechim. Além dos assuntos de cada um dos bancos, o tema da reforma trabalhista foi abordado. "Grande parte dos bancários ainda não se deu conta dos efeitos que essa reforma vai trazer para os todos os trabalhadores. É nosso dever alertar toda a nossa categoria para as perversas consequências que já começam a ser observadas nos bancos privados, como a não homologação de demissões nos sindicatos, por exemplo", salientou Barbosa. |