Movimento Sindical | 08/02/2018 | 17:02:42
Bancários de Erechim discutem o desmonte dos bancos públicos
Em três encontros distintos, dirigentes sindicais conversaram com os trabalhadores da Caixa, BB e Banrisul.
 
A conjuntura política, o desmonte dos bancos públicos e o impacto da reforma trabalhista no cotidiano dos bancários foram alguns dos temas debatidos em assembleias realizadas nos dias 5 e 6 de fevereiro em Erechim, no norte gaúcho. Em três encontros distintos, os dirigentes sindicais conversaram com os trabalhadores da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banrisul.

No BB, por exemplo, a reestruturação do banco foi amplamente debatida. Os bancários reclamaram que a nova política tem provocado o fechamento de agências e a extinção de comissões. "Não tem mais nenhum respeito ao contrato de trabalho e às pessoas”, destacou o diretor da Fetrafi-RS, Luis Carlos Barbosa, que esteve presente nas assembleias. Na discussão sobre a Caixa, os debates focaram as consequências dos ataques ao banco estatal. A tentativa de promover mudança no estatuto do banco, a falta de concurso e o PDV foram os principais temas abordados. O representante gaúcho dos empregados da Caixa, Gilmar Aguirre, participou do encontro. Na assembleia com os bancários do Banrisul, o assunto foi a venda das ações do banco e a possibilidade de venda da estatal, uma vez que o governo Sartori pode colocar na mesa de negociações após a aprovação do regime de recuperação fiscal.

As três assembleias foram realizadas na sede do sindicato dos Bancários de Erechim. Além dos assuntos de cada um dos bancos, o tema da reforma trabalhista foi abordado. "Grande parte dos bancários ainda não se deu conta dos efeitos que essa reforma vai trazer para os todos os trabalhadores. É nosso dever alertar toda a nossa categoria para as perversas consequências que já começam a ser observadas nos bancos privados, como a não homologação de demissões nos sindicatos, por exemplo", salientou Barbosa.