Bancos | 15/08/2017 | 14:08:38
Empregados da Caixa protestam contra o desmonte do Banco em Porto Alegre
Dia Nacional de luta mobiliza trabalhadores em todo o País
 
 

Respeito, valorização, fim da precarização e defesa da Caixa 100% público motivaram mais um ato público em frente ao edifício sede do banco, em Porto Alegre. A manifestação, promovida pelo SindBancários e Fetrafi-RS reuniu um grande número de dirigentes sindicais e de empregados da Caixa, no início da tarde desta terça-feira (15). O protesto integra o Dia Nacional de Luta convocado pelo movimento sindical e associativo para cobrar da direção da empresa a suspensão das medidas em curso, que são prejudiciais aos trabalhadores e ainda deterioram o atendimento à população, num claro ataque ao papel social do banco.


Durante a manifestação foi lançada  a campanha: "Vem pra luta contra o desmonte dos bancos públicos", promovida pela Fetrafi-RS, SindBancários e sindicatos do interior,  a iniciativa denuncia os ataques à Caixa e busca o apoio popular contra a reestruturação em andamento.

"Estamos aqui porque temos lado e defendemos o papel importante que a Caixa Econômica cumpre em nosso país. Tanto a reforma trabalhista quanto a  reforma previdenciária que está por vir, o desmonte das empresas públicas como um todo e a perseguição aos movimentos sociais e sindicais não servem para os trabalhadores. Pelo contrário, já temos um exército de 15 milhões de desempregados. Temos que estar unidos e em conjunto com nossos sindicatos vamos protestar contra o desmanche do estado brasileiro", destaca o diretor da Fetrafi-RS, Arnoni Hanke.
 
O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, exaltou a importância da Caixa como banco público para atender as necessidades de quem mais precisa. Políticas públicas de saneamento, casa própria, igualdade de renda são programas públicos ameaçados pela estratégia perversa do governo Temer. "Se tivéssemos um governo sério, estaríamos lutando para fortalecer os bancos públicos. Essa é a lógica de um governo que acha que a população não precisa de banco público. É só o interesse do mercado. Estamos defendendo o futuro do país”, disse Gimenis.

Entenda melhor a situação da Caixa
 
O movimento sindical bancário denuncia que as medidas tomadas pela atual direção da Caixa têm gerado insegurança entre os empregados. Essas ações prejudicam toda a sociedade, na medida em que afetam o atendimento aos clientes e os investimentos do banco em habitação, além de abrir a possibilidade da transferência da gestão dos recursos do FGTS para bancos privados.
 
A categoria bancária também é contra a reestruturação e a ampliação do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), exigindo a revogação do RH 037, que abre espaço para a contratação de bancários temporários, pela contratação de mais empregados e em defesa da Caixa 100% pública.
 
Redução do quadro
 
A Caixa, que já chegou a ter 101 mil empregados em 2014, poderá ficar com menos de 90 mil, após a reabertura do Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE), em 20 de julho. Além da redução do quadro de pessoal, que gera sobrecarga de trabalho e adoecimento, a direção do banco está impondo, de forma unilateral, uma reestruturação e ampliação do GDP, que mexe com postos de trabalho e atinge os direitos dos trabalhadores.
 
*Comunicação/Fetrafi-RS co m SindBancários
Fotos: Marisane Pereira/ Fetrafi-RS