Os participantes do grupo de trabalho (GT) de novas tecnologias
apresentaram novas propostas com relação as agências digitais. Eles
reivindicaram o livre acesso nacional dos dirigentes sindicais; a
revisão das metas nas agências, que tiveram os seus clientes migrados
para agências digitais; a pontuação para funcionários das agências
físicas de lotação dos clientes; e a obtenção do perfil do banco e dos
bancários para que seja possível avançar nas negociações nacionais
vigentes.
O GT de Tecnologia também cobrou a autorização pelo cliente sobre as
transferências de contas para a plataforma digital, não mais com
migração automática, e o acesso aos trabalhadores das agências digitais
nas campanhas de sindicalização e reuniões com os trabalhadores nos
locais de trabalho.
A estratégia do grupo visa denunciar a falta de acesso dos dirigentes
a esses locais e pretende mobilizar os trabalhadores em geral com forte
atuação no Fórum e em diversos setores da sociedade em prol de
igualdade de oportunidades e contra o fechamento de agências. Â
Para Sandra Homeniuk, Sindicato dos Bancários do Paraná, as
discussões ainda precisam avançar muito em relação ao assunto. "Muitas
propostas surgem, mas não temos como barrar as novas tecnologias.
Precisamos nos preparar para isso. ”
O GT de Saúde e Condições de Trabalho já se reúne mensalmente para
debater os assuntos que envolvem a qualidade de vida do trabalhador.
Durante o encontro, Adma Gomes, dirigente da Fetec/SP e representante do
grupo GT de saúde do Itaú, explicou que muitas das propostas já estão
em andamento e em negociações com o banco. "Nós discutimos problemas
como: a nova reestruturação do afastamento do trabalhador e a clausula
69, que já obtivemos um avanço com o banco”.
Para Josenilda de Jesus, diretora do Sindicato dos Bancários do RJ,
os sindicatos precisam manter as federações informadas sobre os dados
dos trabalhadores. "O sindicato precisa nos abastecer com informações
sobre afastamentos e demissões, por exemplo. Quando vamos negociar com o
banco, precisamos levar dados concretos, caso contrário seremos
ignorados. ”
De acordo com a presidenta do Sindicato dos Bancários do RJ, Adriana
Nalesso, o debate do grupo de trabalho de emprego foi focado nas ações e
apresentou propostas desafiadoras. "Discutimos a mobilização da nossa
base. Muita coisa que discutimos já está na minuta e outras já estão
sendo negociadas. O grupo ficou focado em como organizar a luta em
defesa dos empregos. ”
Os participantes decidiram fazer uma mobilização de trabalhadores em
geral com atuação em diversos setores da sociedade. "Vamos fazer a
divulgação com panfletagem, palestras na Câmara Municipal, passeatas e
criação de um jornal específico para clientes e funcionários Itaú. Até o
dia 20 de junho estaremos em período de esquenta e mobilização
permanente nas bases para a greve geral de 30 de junho”, exclamou
Adriana.
Ao final dos debates, Jair Alves, coordenador do COE Itaú, informou
que todas as novas propostas serão encaminhadas em um relatório, junto
com a minuta atualizada, para as federações. "Todas as propostas serão
encaminhadas e muitas ações tiradas daqui poderão se tornar ações do
Comando Nacional. ” Â
Moção Contra a Reforma Trabalhista
A diretora do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Marisa Stedile,
aproveitou o encontro para apresentar uma Moção Contra a Reforma
Trabalhista. O pedido é de repúdio ao desmonte do escopo jurídico,
conquistado durante muitos anos pela classe trabalhadora, que dá a
proteção necessária à relação de trabalho e garantia contra a exploração
desenfreada da mão-de-obra.
"O nosso objetivo é entregar essa moção em todas as prefeituras,
Câmaras, pois esses representantes tem o poder de contato mais direto
com a população”, afirmou Marisa.
O pedido foi aprovado pela maioria dos funcionários do banco Itaú,
presentes no encontro. "Ter um documento em mãos é uma coisa mais forte.
Nós, como movimento sindical, precisamos nos mobilizar e colher frutos
com isso. ”
Candidatos à eleição para a Fundação do Itaú-Unibanco
Os candidatos a eleição para a Fundação do Itáu-Unibanco foram
apresentados durante o Encontro Nacional dos Bancos Privados. Das dez
federações existentes na Contraf-CUT, nove estavam representadas no
encontro. ” Hoje a nossa fundação é a maior em questão de fundo privado e
por isso vamos contar em nossa chapa com pessoas que serão responsáveis
pela demanda, principalmente, nesse processo importante que é a
previdência pública”, explicou Jair Alves. *Contraf/CUT |