Será a terceira mobilização depois da crise que atingiu em cheio o
governo Temer após divulgação de áudios sobre uma reunião do presidente
com Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS.
A marcha está sendo organizada pela CUT (Central Única dos
Trabalhadores), junto com a CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral de Trabalhadores), Força
Sindical, NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores), CGTB (Central
Geral dos Trabalhadores do Brasil), Intersindical, CSP-Conlutas e CSB
(Central dos Sindicatos Brasileiros).
O presidente da CUT, Vagner Freitas, reforçou durante ato na Paulista,
no domingo 21, que os movimentos não aceitarão 'gambiarras' ou qualquer
coisa que não seja a saída de Temer e eleições diretas. Convocou a
mobilização para o dia 24 pedindo eleições diretas com votação do povo –
e não eleição indireta, com a decisão nas mãos do Congresso, como
querem a velha mídia e a parte conservadora dos parlamentares –, além do
fim das reformas trabalhista e Previdenciária, que retiram direitos e
atacam a classe trabalhadora.
"Vamos ocupar Brasília e não nos venham com propostas golpistas. Eles
querem entregar o pacote das reformas, nós queremos uma Constituinte. O
povo não pode ser relegado a segundo plano. O povo tem direito de
votar e não vamos aceitar que nossos direitos sejam retirados”, disse.
Crise e suspensão - As reformas trabalhista (PLC
38/2017) e da Previdência (PEC 287)Â tiveram seus trâmites suspensos
pelos relatores das propostas logo depois da divulgação de áudios sobre
uma reunião de Temer com Joesley Batista. Na segunda 22, porém, a trabalhista teve anunciado o retorno de seu trâmite
pelo relator da matéria, Ricardo Ferraço (PSDB-ES). A proposta, que
representa na prática o fim dos direitos previstos na CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho),
já foi aprovada pela Câmara e agora espera análise das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.
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*Seeb São Paulo