Direito do Trabalhador | 22/05/2017 | 15:05:57
Trabalhadores e movimentos sociais ocupam Brasília nesta quarta
Manifestação visa retirada dos projetos da reformas
 
 

A forte pressão popular e a organização da classe trabalhadora fizeram da Greve Geral do dia 28 de abril um marco na história de lutas do Brasil. O movimento paredista atingiu fábricas, escolas, órgãos públicos, bancos, transportes urbanos, portos e outros setores da economia. O golpista Temer, seus asseclas no Congresso Nacional e os financiadores do golpe perceberam que o povo brasileiro não vai recuar e nem permitir que seus direitos sejam roubados.

Com a Reforma Trabalhista tramitando no Senado e a Reforma da Previdência às vésperas de ser votada na Câmara Federal, precisamos persistir e engrossar as fileiras de resistência, intensificando a unidade.

Na quarta-feira, dia 24 de maio, vamos ocupar Brasília para, mais uma vez, deixarmos claro que a classe trabalhadora, os movimentos sociais e todo o conjunto da sociedade repudiam toda a retirada de direitos. Vamos Ocupar Brasília e dizer #NãoaosLadrõesdeDireitos. A concentração está prevista para as 14h, no Estádio Mané Garrincha.

Vários ônibus estarão partindo nesta segunda-feira (22) do Rio Grande do Sul rumo a Brasília para participar desta grande mobilização nacional.

Reforma trabalhista

De volta à escravidão, é para onde toda a classe trabalhadora será remetida caso o Senado Federal vote favorável à reforma trabalhista, já aprovada pelos deputados.

Esse pacote de malvadezas, de uma só vez, aumenta o risco social, elevando os níveis de desemprego e, consequentemente, a pobreza; troca o emprego "formal” pelo "bico”; esfacela a organização sindical; dificulta a ação coletiva pela defesa e ampliação de direitos e inviabiliza a atuação da Justiça do Trabalho. Na prática, o trabalhador ficará sozinho para negociar suas condições de trabalho e exigir seus direitos junto ao patrão.

Caso aprovada a reforma trabalhista:

– O intervalo do almoço será reduzido a apenas meia hora;

– Quem trabalha menos de 30 horas semanais receberá um salário inferior ao mínimo;

– Daremos adeus às férias de 30 dias;

– Teremos jornada de trabalho diária e semanal sem qualquer limitação;

– Será o fim dos concursos públicos;

– Será a era do trabalho precarizado e do emprego sem direitos garantidos;

– O negociado entre patrão e empregado valerá acima da legislação trabalhista e do determinado nos acordos e convenções coletivas de trabalho;

Reforma da Previdência

Com o intuito de fazer com que os homens e mulheres de nosso país trabalhem até morrer, a reforma da Previdência do ilegítimo Temer promove um completo desmonte da nossa Seguridade Social, deixando o cidadão desamparado nos momentos em que ele mais precisa.

Fingindo-se de surdos aos apelos dos diversos segmentos da sociedade, os golpistas retiram direitos e ignoram as diversidades que compõem o povo brasileiro.

Uma vez aprovada, a reforma da Previdência:

– Aumenta a idade mínima de aposentadoria, 65 anos para os homens e 62 para as mulheres inicialmente, sendo aumentado no decorrer do tempo;

– Exige 40 anos de contribuição para acessar a aposentadoria integral;

– Acaba com todas as aposentadorias especiais;

– Reduz  a acumulação de aposentadoria e pensões do INSS em até dois salários mínimos;

– Muda o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é pago às pessoas idosas ou com deficiências de família pobre, passando a idade mínima para 65 anos, subindo gradativamente até atingir 68 anos em 2020.

– Altera a contribuição para os trabalhadores rurais, que terão que recolher a contribuição individual por 15 anos, em percentual a ser calculado com base no salário mínimo, e também eleva a idade mínima para 57 anos às mulheres e mantém 60 anos aos homens.

Clique aqui para ler o jornal especial da CUT-RS.

*CUT/RS