Previdência Pública | 15/03/2017 | 16:03:07
Bancários param principais corredores em São Paulo e no centro do Rio
Dezenas de agências ficaram fechadas durante todo o Dia Nacional de Paralisação
 
 

Os bancários pararam nos principais corredores financeiros de São Paulo e na região central do Rio de Janeiro, como parte do dia nacional de paralisações contra as reformas da Previdência e trabalhista, em discussão no Congresso. Eles se juntam a várias categorias que participam dos protestos, como metalúrgicos, químicos, professores, eletricitários e servidores públicos, vinculados a diversas centrais sindicais.



"Vamos intensificar as ações com movimentos sociais em todo o país. As reformas da Previdência e trabalhista e a defesa dos bancos públicos dizem respeito à toda sociedade", afirmou a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região,Ivone Maria da Silva. A entidade informou que durante toda esta quarta-feira não vão funcionar agências localizadas nos principais corredores da cidade e prédios administrativos, como nas avenidas Paulista e Faria Lima, além da região central.

No Rio, o Sindicato dos Bancários informou que mais de 60 agências bancárias estão fechadas, atingindo áreas centrais e grandes vias de acesso da cidade, como as avenidas Rio Branco e Presidente Vergas, além da Rua do Ouvidor e da Praça Pio X.

"Barrar essa reforma é fundamental para que outros direitos não sejam retirados. Os bancários e bancárias estão mobilizados e com consciência de que só a reação dos trabalhadores vai pesar sobre os parlamentares para que a proposta seja rejeitada. Nós sabemos que entre as ameaças está a de acabar com os bancos públicos como a Caixa e o Banco do Brasil, que prestam serviços fundamentais para a população. Estamos resistindo", diz a presidenta da entidade, Adriana Nalesso.

Assim como em São Paulo, os trabalhadores participarão à tarde, a partir das 16h, de manifestação na região da Candelária, também no centro.

Na semana passada, em congresso, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orientou toda a categoria a participar do protesto convocado pelas centrais sindicais. "Vamos às ruas mostrar que os trabalhadores e a população não vão pagar o pato. Só a luta garante que as reformas da Previdência, trabalhista, e todas as propostas golpistas de Temer sejam barradas e não sigam em frente", afirma o presidente da confederação, Roberto von der Osten.

*RBA