Sindicatos | 14/03/2017 | 14:03:10
Márcia Tiburi convoca mulheres a lutarem pelas mulheres
Educação, política, ética e feminismo pautaram palestra em Caxias do Sul
 
 

A filósofa e escritora Márcia Tiburi esteve em Caxias do Sul, na noite desta quinta-feira, 9, para realizar a palestra "Não é por rosas, mas por direitos iguais”. A atividade marca o Dia Internacional das Mulheres, numa promoção conjunta do Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região, Sindicato dos Professores – Simpro Caxias e Sindicato dos Servidores Municipais – Sindiserv.


Com quase a totalidade dos mais de 500 lugares do auditório ocupado, Marcia Tiburi propôs uma reflexão sobre o papel que as mulheres desempenham nos dias e na sociedade atual e alertando também sobre algumas armadilhas que, às vezes, são colocadas a elas ou por elas. Em resumo, a noite foi uma aula bastante didática a cerca da educação, política, ética e feminismo.

Antes de iniciar, ela alerta: "vou falar como professora de filosofia e como feminista”, esclarecendo que a mulher feminista é aquela que tem a consciência de ser mulher e adquire um perfil político. "Tudo o quê fazemos, desde que nascemos é política e ninguém está livre dessa política, que é decorrente da relação humana”, observou.

" O desafio, hoje, está em se tornar mulher e lutar como uma mulher”. E faz uma provocação, quando lembra que uma mulher são mil profissões. Ou seja, nunca se é unicamente mulher: são bancárias, professoras, mães, cozinheira, faxineiras, etc. E neste sentido, Márcia lembra da desigualdade de tarefas também dentro das casas e, nesse sentido, chama as mulheres que tomaram conta desta desigualdade, que ajudem a não perpetuar este machismo, onde a mulher é responsável pela criação dos filhos, pelo alimento à mesa, pelo supermercado, pela limpeza da casa, pelos afazeres domésticos e uma infinidade de outras tarefas que são historicamente destinadas às mulheres desde sua infância.

Ela chama a atenção para a necessidade de participação das mulheres na vida política: "Nós precisamos, em 2018, trocar nosso parlamento. Em 2016 fizemos o pior uso do voto. Votamos em cínicos. Teremos (em 2018) que fazer um processo de ocupação dos partidos que ainda existem e lutar muito para eleger feministas e termos uma bancada feminista no congresso”.

*Edição e imagens: Marlei Ferreira - Imprensa/Bancax