Segundo a matéria do jornal Folha de São Paulo na semana passada,
em reunião com investidores, o presidente do banco Luís Carlos Trabuco
afirmou que há uma "certa sobreposição” depois da aquisição do HSBC e
superdimensionamento, para atual conjuntura econômica, que o banco pode
fechar agências e transferi-las para postos de atendimento. A
matéria também destaca que até então o banco vinha descartando a
possibilidade de fechar agências após a fusão do HSBC, que se
concretizou em julho. Â Hoje, Â 77% das
transações do banco já são feitas por aplicativo no celular ou internet
banking e que o Bradesco considera a preservação de agências físicas
para a contratação de serviços mais complexos, como por exemplo, o
crédito imobiliário. Trabuco também afirmou que descarta voltar a
operar a rede do Banco Postal. Em dezembro, vence o contrato do Banco do
Brasil como correspondente bancário que opera nos postos dos Correios. O
Bradesco foi o primeiro parceiro dos Correios no serviço, mas depois de
10 anos de convênio, preferiu montar rede de atendimento nos municípios
mais rentáveis. Segundo Gheorge Vitti, coordenador da COE-
Comissão de Organização dos Empregados, comprova a falta de compromisso
social do banco:Â "Quando o Bradesco tinha o banco Postal, fez o
discurso da bancarização, que queria levar o banco onde a sociedade era
desprovida. Discurso social falso, uma vez que, se revela nessa
entrevista apenas o discurso comercial da sobreposição das agências e o
desinteresse pelo Banco Postal”, afirma. Os funcionários já
mostravam  sua preocupação ao escolher o emprego como mote de seu Dia
Nacional de Luta, que aconteceu na semana passada: "Queremos que o banco
dialogue com seus funcionários sobre todas estas transformações. O
trabalhador não é mercadoria. O Bradesco deve demonstrar sua
responsabilidade social, não só na propaganda, mas através da manutenção
do emprego e de permitir o acesso ao Sistema Financeiro para a
sociedade”, destaca Vitti. Â Â Â Â Â *Contraf/CUT |