As manifestações marcam na capital gaúcha o dia nacional de
lutas, atos, protestos e paralisações, convocado pelas centrais, com o objetivo
de construir uma greve geral para barrar a retirada de direitos da classe trabalhadora.
Os manifestantes também protestam contra as políticas de
desmonte do estado do governador José Ivo Sartori (PMDB), denunciando o
parcelamento de salários dos servidores públicos estaduais, a violência e o
caos na segurança pública, a precarização dos serviços públicos e a tentativa
de privatização de empresas estatais.
Houve paralisação de atividades de várias empresas,
impedindo até as 7h a saída de veículos da Nortran, VTC, Trevo, Sudeste e
Sopal. Na Carris, uma tropa de choque da Brigada Militar reprimiu os
manifestantes por volta das 4h30, jogando várias bombas de gás lacrimogêneo
para dispersar os protestos e liberar os ônibus.
Diálogo com os trabalhadores
Em frente à garagem da Nortran, na zona norte de Porto
Alegre, o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, explicou os principais motivos
do dia nacional de lutas, destacando os ataques do governo Temer para retirar
direitos dos trabalhadores.
Ele ressaltou o projeto da terceirização sem limites, o que
significa rasgar a CLT, e a reforma da Previdência. "Estamos aqui para dialogar
com os trabalhadores da Nortran, valorosos companheiros que enfrentam as ruas,
a violência do trânsito e a falta de segurança”, salientou.
"Eles perderam o juízo e, por isso, estamos denunciando e
esclarecendo sobre os ataques aos direitos. Hoje é só uma demonstração do que
será a greve geral”, frisou o dirigente sindical.
Defesa dos direitos
Claudir falou também sobre o crescimento da violência e o
caos na segurança pública durante o governo Sartori. "É o menor efetivo de
policiais da história e com o salário parcelado”, criticou. "Ele e Temer são do
PMDB e governam apenas para uma parcela da sociedade”, ressaltou.
"Não vamos entrar na história como acovardados”
"Deixamos a nossa mensagem de que o futuro dos brasileiros
está em risco e não vamos entrar para a história como acovardados”, enfatizou o
presidente da CUT-RS. "Vamos lutar para defender os nossos direitos para as
próximas gerações”, concluiu.
Por volta das 7h, os trabalhadores saíram em caminhadas em
direção ao centro da cidade.
Às 11h será realizado um ato público em frente à
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), na Avenida Mauá, 1013,
em defesa dos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais.
*Imprensa/SindBancários |